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Coronavírus

​DGS publica manual de boas práticas para um dia-a-dia livre da ​Covid-19

14 mai, 2020 - 17:59 • Dina Soares

Numa altura em que a sociedade começa gradualmente a regressar ao normal, a Direção-Geral de Saúde decidiu juntar todas as regras de higiene e prevenção que tem vindo a divulgar desde o início desta pandemia.

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A Direção-Geral de Saúde acaba de divulgar o primeiro volume do manual com regras para o dia a dia na era Covid-19. Da lavagem das mãos à lavagem da roupa, passando pelo tratamento do lixo e pela utilização do ar condicionado, estão lá regras para regressar à normalidade sem correr riscos.

O distanciamento entre as pessoas é a regra de ouro apresentada pela DGS para evitar a transmissão do vírus. As pessoas devem manter-se afastadas umas das outras entre um metro e meio e dois metros, exceto se viverem na mesma casa.

Para ajudar a cumprir essa regra, a DGS aconselha a que se trabalhe de casa, sempre que possível. Tudo o que puder ser tratado pelo telefone ou por via eletrónica, não deve ser tratado pessoalmente. E sempre que a deslocação ao local for inevitável, deve-se fazer marcação.

Contactos desnecessários, lugares movimentados ou aglomerados de pessoas são de evitar, assim como reuniões em espaços fechados. Se vai estar com mais pessoas, é recomendada a escolha de um local ao ar livre.

Máscaras, viseiras e luvas

A segunda regra passa pela utilização de equipamento de proteção. Uma máscara bem utilizada pode proteger quem a usa e quem está ao pé. Para isso, é essencial lavar bem as mãos antes de colocar a máscara, ajustá-la de forma a garantir que tapam o nariz, a boca e o queixo, nunca tocar na máscara ou na cara, nem a tirar para falar, tossir ou espirrar.

Se a máscara estiver húmida ou se estiver colocada há mais de quatro horas, deve ser trocada. Aí, é preciso tornar a lavar muito bem as mãos, retirar a máscara pelos elásticos e deitá-la fora ou pô-la para lavar se for reutilizável. Concluída a troca, as mãos devem ser de novo lavadas.

O uso de máscara é obrigatório nos transportes públicos, em estabelecimentos comerciais e de atendimento ao público, nas escolas e creches, por parte dos professores, funcionários e alunos com mais de 6 anos.

Não se deve fazer confusão entre máscara e viseira. A máscara confere proteção respiratória. A viseira protege contra a projeção de partículas expelidas por outras pessoas em proximidade. O seu uso pode ser simultâneo, mas nunca em alternativa.

A utilização de luvas na comunidade não está recomendada, já que um mau uso pode aumentar o risco de transmissão, promovendo a disseminação do vírus em objetos e superfícies. Pode, no entanto, ser recomendada na manipulação de alimentos, lavagem de roupa ou desinfeção de superfícies contaminadas. Antes de as pôr e depois de as tirar, é essencial lavar muito bem as mãos.

Lavar as mãos muitas vezes e bem

A higiene das mãos é a mãe de todas as regras. Há que lavá-las durante pelo menos 20 segundos, esfregando sequencialmente as palmas, dorso, cada um dos dedos e o pulso, secando-as bem no final. Os anéis, pulseiras e relógios devem ser tirados e higienizados antes de lavar as mãos.

Dá-se preferência à água e sabão, se não for possível, então recorre-se às soluções à base de álcool com 70% de concentração. A lavagem deve ser frequente ao longo do dia e sempre que se justifique, por exemplo ao chegar a casa ou ao trabalho e quando assoar o nariz, espirrar ou tossir.

Antes de tossir ou espirrar, é fundamental cobrir o nariz e a boca com um lenço que depois se deita fora ou, em alternativa, com o braço, de forma a evitar a projeção de gotículas.

Quatro colheres de chá de lixívia num litro de água

Além da higiene pessoal, a DGS recomenda uma limpeza cuidadosa da casa e do local de trabalho para evitar a transmissão através de superfícies contaminadas.

Água fria e quatro colheres de chá de lixívia por cada litro de água formam uma solução adequada para limpar quase todas as superfícies. As zonas de contacto frequente, como por exemplo maçanetas das portas, corrimões, interruptores de luz, comandos ou teclados devem ser limpos com mais regularidade. As áreas de confeção de alimentos e instalações sanitárias também.

A limpeza deve ser realizada sempre de cima para baixo e das áreas mais limpas para as mais sujas. Se alguém em casa estiver contaminado, a lixívia é essencial. Caso contrário, pode ser usado um detergente de uso doméstico.

Quanto à roupa, a DGS apenas aconselha descontaminação da roupa de quem está infetado ou de quem contacta com pessoas doentes. O resto da roupa deve ser lavada a uma temperatura nunca inferior a 60ºC, durante pelo menos 30 minutos. Se não for possível escolher uma temperatura tão alta, é aconselhável usar um desinfetante para roupa. A roupa suje não deve ser abanada, para não espalhar uma eventual contaminação. A roupa que vem da rua, caso não seja lavada, deve ser pelo menos colocada a arejar.

Lixo bem fechado e fora do ecoponto

O lixo, sobretudo se alguém apresentar sintomas suspeitos ou estiver contaminado, deve ser tratado com o maior cuidado. O saco não deve exceder 2/3 da sua capacidade. Nessa altura há que fechá-lo bem e colocá-lo dentro de outro saco igualmente bem fechado.

A limpeza e desinfeção regular dos caixotes de lixo é essencial. O lixo que inclua resíduos eventualmente contaminados nunca deve ser descartado no ecoponto nem ficar guardado mais de 24 horas.

Consulte o manual da DGS na íntegra

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