13 mai, 2020 - 19:12 • Luís Aresta
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Um segundo guião para orientar a reabertura das creches foi emitido esta quarta-feira pela Segurança Social. Para estupefação dos educadores de infância, o documento recupera aspetos restritivos que a DGS atenuara poucas horas antes no seu documento de orientação.
A dúvida volta assim a instalar-se quanto à rebaertura das creches, depois de o guião orientador, enviado esta tarde aos agentes do setor social, manter as medidas que os educadores de infância e outros especialistas tinham considerado impraticáveis e distantes da realidade.
Este último documento, com origem no Instituto da Segurança Social (ISS), não leva em linha de conta algumas das indicações dadas poucas horas antes pela Direção-Geral de Saúde (DGS), designadamente quanto à necessidade de o distanciamento social não comprometer o normal funcionamento das atividades lúdico-pedagógicas, algo que tinha sido registado com apreços pelos educadores.
Contactada pela Renascença, a Associação de Profissionais de Educação de Infância (APEI) reserva para mais tarde uma posição, mas fonte da mesma associação confessa “estupefação pela falta de harmonia entre os dois documentos”, com origem em duas entidades tuteladas pelo Governo, ainda que por diferentes ministérios (a DGS depende do Ministério da Saúde; o ISS depende do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social).
O guião emitido pelo ISS para as creches, no fundo, coincide com a versão que foi divulgada pela Renascença e que a DGS viria a aligeirar esta manhã. Afinal, tudo parece ter voltado ao princípio, para surpresa dos profissionais do setor.
A expectativa da APEI é que as próximas horas possam ajudar a esclarecer por que normas devem afinal orientar-se as creches, cuja reabertura está prevista para a próxima segunda-feira, dia 18 de maio.