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Pandemia de Covid-19

Marcelo sobre Festa do Avante. “Não me parece que o vírus mude a sua natureza de acordo com a natureza das iniciativas”

17 mai, 2020 - 11:30 • Marta Grosso

Presidente da República diz que as regras estipuladas pelas autoridades sanitárias são para todos.

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Marcelo Rebelo de Sousa distingue datas de comemoração nacional de celebrações promovidas por partidos ou organizações sociais. “Não me parece que o vírus mude a sua natureza de acordo com a natureza das iniciativas”, afirmou o Presidente da República neste domingo de manhã.

De visita ao Mercado Municipal da Ericeira, o chefe de Estado foi muito claro na demonstração da sua opinião sobre a realização da tradicional Festa do Avante, organizada pelo PCP e que o partido sustenta que não se enquadra no rótulo “festivais”.

“Em relação a isso é muito simples: do que se trata é de as autoridades sanitárias, em função da situação sanitária vivida num determinado momento, dizer o que é possível e não é possível fazer. Tem de valer para todos. O que se disser, vale para A, para B, para C”, defendeu.

“Eu, por exemplo, gostaria muito de em setembro ir à Festa do Viso, que é uma festa tradicional em Celorico de Basto, que reúne milhares de pessoas. Mas tem de se esperar para ver”, apontou.

E reforçou: “as autoridades sanitárias dirão, em relação a iniciativas não apenas partidárias, mas também populares, sociais, festas tradicionais, romarias, se sim se não, em que condições sanitárias. E dirão em função daquilo que se viver naquele momento”.

Instado a comentar o que aconteceu por altura do 1.º de Maio, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o que tinha em mente, quando abriu a porta a essa celebração, era que fosse simbólica.

E marca a diferença das situações. “O 1.º de maio, como o 25 de abril como o 10 de junho são cerimónias nacionais a que correspondem feriados nacionais e pareceu-me óbvio que, não estando a democracia suspensa, pudessem ser celebrados simbolicamente”.

“O 25 de abril foi celebrado simbolicamente, o 10 de junho será comemorado simbolicamente e, como sabem, o meu pensamento para o 1.º de Maio era uma celebração simbólica”, afirmou aos jornalistas.

“Outra coisa completamente diferente são atuações, atividades, celebrações de partidos, organizações sociais, organizações políticas ou da sociedade civil”, concluiu.

Depois de o Governo ter decidido que festivais e espetáculos “de natureza análoga” só seriam permitidos com lugares marcados e regras de distanciamento, o PCP levantou a voz para dizer que a Festa do Avante! não é um festival e que os comunistas “são muito criativos”.

Em entrevista ao Porto Canal, há uma semana, o secretário-geral do PCP refere que a posição do partido não está fechada, que a realização do evento será avaliada e reconheceu que ainda “faltam muito meses” até setembro.

Comentários
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  • Frutuoso
    17 mai, 2020 Viana do Castelo 15:15
    Se a festa do avabnte for autorizada, eu exijo a festa de Santa Marta de Portuzelo, a romaria da Agonia e as feiras novas de Ponte de Lima. Mais nada.
  • Ivo Pestana
    17 mai, 2020 Funchal 13:36
    Com 185 pessoas acho bem. Como no futebol.

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