18 mai, 2020 - 21:05 • Redação com Lusa
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Falta material de desinfeção e de segurança nas creches. A denúncia é da associação que representa o setor das creches e dos pequenos estabelecimentos de ensino.
Em declarações à Renascença, Susana Batista refere, nomeadamente, a falta de álcool e termómetros em muitos dos estabelecimentos que retomaram a atividade esta segunda-feira.
“Ainda existem algumas creches com falta de material de segurança e de higienização. Neste momento ainda não há álcool – e álcool é uma coisa muito importante – assim como também algumas creches tiveram muita dificuldade em conseguir encontrar termómetros infravermelho ou dispensadores automáticos de gel”, disse.
Noutro plano, Susana Batista revela que a maior parte das creches reabriu com um número de crianças muito inferior em relação ao esperado.
“Em média as creches tiveram seis/sete crianças. Tivemos alguns casos registados em que não houve uma única criança, mas também houve algumas creches que tiveram 12/13 crianças num universo de 50 e poucas crianças”, acrescenta.
A reabertura das creches decorreu “de forma tranquila e generalizada por todo o país”, com cerca de 70% dos estabelecimentos a retomarem a atividade, ainda que abaixo da sua capacidade, confirma a ministra Ana Mendes Godinho.
Em declarações à Lusa, a propósito do regresso à atividade das creches, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse que há também muitas que têm uma abertura programada “ao longo dos próximos dias”.
“O que se sentiu em todo o país foi esta reabertura de forma tranquila, com um ambiente de cautela por parte de todos, implementando as medidas de prevenção, mas também de confiança por parte da comunidade. O que sentimos hoje foi que ainda tivemos um número de crianças inferior à capacidade das creches, com muitos dos pais ainda a avaliarem este reinício, com a previsão de até 1 de junho irem retomando e recolocando os filhos nas creches”, disse.
Foram já feitos 26 mil testes a trabalhadores das creches, dos quais 0,3% com resultado positivo para covid-19, “o que mostra que é uma situação muito residual”, declarou a ministra.