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​Cardiologistas de intervenção preocupados com recusa de doentes em voltar ao hospital

19 mai, 2020 - 18:27 • Olímpia Mairos

“Todos os doentes que estão a ser chamados necessitam, efetivamente, da realização do procedimento, pelo que é vital que aceitem regressar”, alerta o preside da APIC.

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Apesar de os laboratórios de hemodinâmica estarem a chamar os doentes para a realização de consultas, exames e procedimentos que estavam anteriormente programados, verifica-se uma recusa dos doentes em voltar ao hospital, por medo de serem infetados pela Covid-19.

“Uma percentagem significativa de doentes de cardiologia, que começamos a chamar a semana passada, pedem para adiar o seu regresso ao hospital, para a realização de procedimentos programados, referindo que têm medo de contrair o vírus Covid-19”, relata o presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

João Brum Silveira assegura que todos os laboratórios de hemodinâmica “estão preparados para receber o doente, em segurança”, esclarecendo que “todos os doentes que estão a ser chamados necessitam, efetivamente, da realização do procedimento, pelo que é vital que aceitem regressar”.

“A retoma da atividade foi adaptada à nova realidade de forma a garantir a segurança, tanto dos doentes como dos profissionais”, acrescenta o presidente da APIC, assinalando que “existem percursos protegidos e adequados no hospital para as pessoas que sofrem de problemas cardiovasculares”.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular continua a recomendar a realização de “testes Covid-19 a todos os doentes e o acompanhamento do estado clínico de todos os doentes em lista de espera”.

“Os primeiros doentes a serem chamados, no decorrer dos próximos meses, são os que consideramos prioritários clinicamente”, conclui João Brum Silveira.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular.

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