Dois reclusos infetados com ​Covid-19 após saída precária

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Dois reclusos testaram positivo à covid-19 no regresso aos seus estabelecimentos prisionais, após saídas de curta duração, anunciou esta terça-feira a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Em resposta à Renascença, a DGRSP refere que os dois casos foram confirmados na segunda-feira. Em causa estão presos dos estabelecimentos prisionais de Pinheiro da Cruz e Vale de Judeus.

“Uma situação diz respeito a um recluso do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz que, tendo regressado no dia 11 de maio, estava em isolamento profilático sob vigilância médica, em espaço celular especificamente destinado ao efeito, e apresentou sintomas de doença dia 15 de maio, tendo sido testado e acusado positivo à Covid-19”, explicam os serviços prisionais.

O outro caso verificou-se num “recluso do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus que regressou ao estabelecimento prisional dia 9 de maio e se encontrava, por isso, em isolamento profilático sob vigilância médica”.

Ambos os reclusos infetados com Covid-19 estão internados e em tratamento no Hospital Prisional de Caxias.

A DGRSP garante que as redes de contactos dos dois reclusos estão identificadas e está a ser desenvolvido trabalho em conjunto com as autoridades de saúde publica. As pessoas com quem contactaram estão em isolamento, sob vigilância e a aguardar a realização de testes.

Antes destes dois casos tinha surgido, apenas, a um positivo à Covid-19 nas prisões portugueses, uma cidadã estrangeira que foi presa pela GNR.

Questionado pelos jornalistas na habitual conferência de imprensa diária, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales afirma que estes dois casos positivos de Covid-19 detetados nas prisões são a prova de que o “sistema funciona e bem”.

Lacerda Sales diz que as visitas às prisões podem ser retomadas em junho e, para isso, os testes à comunidade prisional começaram já há duas semanas.

“Já foram testados cerca de 1.200 no total. Existe uma estratégia que começou pelo Norte, mas que está a alargar para o Sul, nomeadamente para a região de Lisboa e Vale do Tejo”, refere o secretário de Estado da Saúde.

[notícia atualizada às 14h28]