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Pandemia de Covid-19

Nadadores salvadores. Ainda não se sabe quantos vão vigiar as praias

20 mai, 2020 - 13:07 • Marta Grosso , Anabela Góis (entrevista)

A pandemia veio atrapalhar o processo normal e ainda não foi possível formar novos nadadores salvadores. À Renascença, o diretor do Instituto de Socorros a Náufragos diz que, para a semana, já haverá orientações para a Covid-19.

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A duas semanas do início da época balnear, que começa no dia 6 de junho, o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) ainda não sabe com quantos nadadores salvadores poderá contar neste ano nas praias portuguesas.

“Estão considerados aptos 7.600 nadadores salvadores”, indica o diretor do ISN na Renascença, nesta quarta-feira de manhã.

Entrevistado no programa As Três da Manhã, o comandante Velho Gouveia explica que a Autoridade Marítima, face à situação de pandemia e impossibilidade de formar novos elementos, decidiu “prorrogar a validade dos cartões” que tinham de ser renovados.

Neste momento, o que se sabe é que há 7.600 nadadores salvadores aptos a ir para as praias, mas não se sabe se estão disponíveis para assumir a tarefa.

“Isso é muito difícil dizer, porque é um sistema relativamente complexo. São pessoas de muitas idades – a idade média é cerca de 24 anos, mas alguns são mais velhos e alguns não trabalham épocas seguidas”, explica o comandante, acrescentando que saber quantos estão disponíveis “não é uma tarefa do Instituto de Socorros a Náufragos”.

Quanto a proteção contra a Covid-19, o diretor do ISN garante que os nadadores salvadores vão ter informação e equipamentos. As orientações estão a ser ultimadas e “advêm de tudo o que existe ao nível nacional e internacional para pessoas deste ramo”.

“Estamos a adaptar tudo o que é importante para nós e essas recomendações estarão preparadas, no máximo, na próxima semana”, acrescenta.

Em caso de necessidade de salvamento, “haverá um kit de oxigénio que vai ter de constar no equipamento dos concessionários ou do posto de socorro. Não havendo kit de oxigénio, há umas bombas manuais, que aliás já havia e que podem ser utilizadas em determinadas situações”, refere o comandante.

“Há duas alternativas e nunca poderia haver respiração boca-a-boca este ano, como é óbvio”, conclui.

Nestas declarações à Renascença, Velho Gouveia diz ainda esperar que os nadadores salvadores não tenham de se preocupar em garantir que quem vai à praia cumpre as regras. Esse papel, adianta, cabe à Polícia Marítima e à PSP.

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