21 mai, 2020 - 14:11 • João Cunha
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Há distâncias de segurança a respeitar, aumento da vigilância policial, há a figura do assistente de praia (que vai ajudar a orientar os banhistas), sinalética que indica a ocupação do areal (dois metros quadrados para cada adulto, contando com a toalha e guarda-sol) e corredores de circulação de sentido único para aceder à praia e para dela sair.
Estas e outras medidas fazem parte do manual de boas práticas para a época balnear, da Agência Portuguesa do Ambiente. O documento, intitulado “Ir à praia em segurança”, especifica também que deve haver uma sala de isolamento nos postos de socorro das praias, de forma a conseguir isolar casos suspeitos.
A região mais procurada do país para fazer praia é o Algarve, onde os autarcas preparam agora a implementação destas medidas em cada praia da região. Medidas que saíram de vários encontros entre o Governo, as autoridades de saúde e os próprios autarcas.
António Pina, presidente da Associação de Municípios do Algarve e autarca de Olhão, considera que são medidas que “vão ao encontro do que os autarcas pretendiam, e agora, em cada município, vamos trabalhar no sentido de as aplicar”.
Para já, o presidente da AMAL acredita que, nesta fase, existe expectativa e curiosidade, tanto de banhistas como de concessionários. “Especialmente, os concessionários que vivem muito ligados ao turismo”.
Em Nome da Lei
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Contudo, António Pina acredita que “vai correr tudo dentro da normalidade, apesar de numa primeira fase poder estranhar-se um pouco”.
“Depois, os portugueses já deram nota de uma atitude cívica de grande elevação para cumprir com estas regras”, sublinha nestas declarações à Renascença, nesta quinta-feira.
O responsável algarvio diz que as medidas a aplicar vão criar uma sensação de segurança, face à pandemia. E ainda bem. “Todos nós queremos criar essa sensação”. Mas “não é só parecer, temos também de ser”, destaca. “Porque a retoma da nossa economia e do turismo vai precisar muito desta imagem de um Algarve ‘Covid Free’”.
“Não é só uma perceção”, reforça António Pina. Quem chega irá verificar “que o Algarve é seguro porque se cumprem as regras, porque as coisas estão organizadas para que todos possam usufruir da restauração, da hotelaria, dos nossos espaços públicos, das nossas praias. Não é só, portanto, parecer, temos também se ser”, insiste.
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Na opinião do presidente da Associação de Municípios do Algarve, há apenas uma regra que poderá ser mais difícil de cumprir: o tempo para quem aluga toldos em zonas concessionadas.
O manual aconselha que “os toldos sejam alugados apenas por períodos no dia. Período da manhã e período da tarde. Não é uma obrigatoriedade, tanto quanto percebo, e é até de difícil concretização essa pequena parte, porque uma família que chega às 10h/11h00 não vai alugar o toldo até às 13h00”, sustenta.
Pode consultar aqui o manual “Ir à praia em segurança” na íntegra.