25 mai, 2020 - 07:40 • Carla Fino
Celebra-se, nesta segunda-feira, o Dia Mundial da Tiroide, uma glândula situada na parte da frente do pescoço, por baixo da maçã de Adão, importante na produção de hormonas para o equilíbrio do organismo.
Nos últimos anos, com a melhoria dos acessos a cuidados de saúde, o diagnóstico precoce tem permitido tratar tumores e nódulos da tiroide, mas o contexto da pandemia afastou as pessoas das consultas por receio de contágio.
Nuno Pinheiro, cirurgião no hospital CUF Descobertas, diz à Renascença que os problemas da tiroide não podem ser descurados. Até porque a tiroide “é um órgão simpático: dá aos doentes a probabilidade de ficarem curados”.
Perceber os sintomas é essencial para a cura. Por isso, “se houver alguma alteração na sua maneira de ser e de estar, não hesite em consultar um endocrinologista. Se notarem um nódulo duro, um nódulo que cresceu” no pescoço também é importante marcar uma consulta. “Não devem perder a oportunidade" de ficarem curados, afirma o especialista.
As hormonas produzidas pela tiroide regulam vários aspetos importantes no corpo, como a temperatura, a frequência cardíaca, a pressão arterial, o funcionamento do intestino e até estados de humor.
O seu mau funcionamento tem, pois, diversos efeitos. Entre os sinais mais comuns de doenças da tiroide estão oscilações de peso sem explicação, modificações no apetite, tremores, fadiga, palpitações cardíacas sem causa atribuída e, sobretudo, olhar fixo e olhos salientes.
As doenças da tiroide afetam cerca de 10% dos portugueses, sobretudo mulheres a partir dos 35 anos.
Os nódulos, o hipotiroidismo (produção insuficiente de hormonas) e o hipertiroidismo (produção excessiva de hormonas) são as patologias mais comuns.