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Bruno de Carvalho absolvido no caso do ataque à Academia de Alcochete

28 mai, 2020 - 11:24 • José Pedro Pinto com Redação

​Mustafá, líder da claque Juve Leo, e Bruno Jacinto, à data dos acontecimentos oficial de ligação aos adeptos, também ilibados. "Nada se provou contra estes arguidos", disse Sílvia Pires, presidente do coletivo de juízes.​

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O Tribunal de Almada ilibou, esta quinta-feira, os arguidos Bruno de Carvalho, Bruno Jacinto, antigo oficial de ligação aos adeptos, e Nuno Mendes (Mustafá), líder da claque Juventude Leonina, da acusação de autoria moral do ataque à Academia de Alcochete, em maio de 2018, e dos outros crimes de que eram acusados.

Indo ao encontro da alegação final do Ministério Público (MP), o coletivo de juízes presidido por Sílvia Pires iliba o ex-presidente do Sporting, o antigo oficial de ligação aos adeptos e o líder da claque Juventude Leonina da participação no ataque.

"Não se prova que as publicações de Bruno de Carvalho nas redes sociais tenham servido para incitar os adeptos. Não se prova qualquer causa-efeito na expressão 'façam o que quiserem' e o que aconteceu na academia. Quanto à reunião em que o arguido perguntou quem estava com ele, essa expressão foi utilizada no sentido de saber quem estava com aquela direção", afirmou.

Sobre Bruno Jacinto, não ficou provado que tenha participado, dado ordens ou agido de forma concertada com os invasores de Alcochete.

Nuno Mendes não foi à Academia e nenhuma testemunha o associou aos factos. Invasores serviram-se do nome de Mustafá para mobilizar o maior número possível de elementos da claque Juve Leo para o ataque à academia.

Os arguidos acompanharam a leitura da sentença por videoconferência, numa sala à parte do Tribunal de Monsanto, devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19.

O incidente foi assim motivado pela derrota do Sporting na Madeira, que afastou a equipa da Liga dos Campeões, e pela reação dos jogadores à claque.

O tribunal concluiu que 37 dos iniciais 44 arguidos protagonizaram o ataque de maio de 2018 e que o incidente foi motivado pela derrota do Sporting na Madeira, que afastou a equipa da Liga dos Campeões, e pela reação dos jogadores à claque, em pleno aeroporto do Funchal.

Bruno de Carvalho esteva acusado de ser autor moral de 97 crimes: 40 de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados.

A 15 de maio de 2018, cerca de 40 adeptos encapuzados, alegadamente afetos ao Sporting e à claque Juventude Leonina, invadiram a Academia do clube, em Alcochete, e agrediram jogadores e equipa técnica.

No entanto, a juíza Sílvia Peres explica que o "Tribunal provou que 37 arguidos entraram na Academia, a correrem em passo acelerado, sabiam que era um espaço vedado" e identificou os invasores.

A juíza anuncia que não ficou provado que os "os arguidos tenham impedido a saída dos jogadores do balneário. Fernando Mendes e Nuno Torres mantiveram sempre na retaguarda do grupo".

Os 37 arguidos foram absolvidos dos crimes de sequestro e terrorismo e são condenados por crimes de ofensa a integridade física qualificada, ameaça agravada e e introdução em local vedado ao público.

Fernando Mendes e Aleluia condenados a 5 anos de pena efetiva. A Rúben Marques, que viu provadas as agressões aos jogadores Bas Dost e Misic e ao treinador Jorge Jesus. aplica-se crime simples de ofensa à integridade física. Rubén Marques é condenado a 4 anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa por 5 anos e a realização de 200 horas de trabalho comunitário.

[notícia atualizada às 12h30]

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  • Jose Pereira
    28 mai, 2020 Ludlow 21:12
    eu sou sportinguista mas assim trabalha a Justica em Portugal e mais nao digo
  • Manuel
    28 mai, 2020 Moura 16:59
    Infelizmente não ficou preso, não tenho dúvidas que devia ter ficado.

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