28 mai, 2020 - 13:50 • Redação
Foram realizados testes a todos os trabalhadores da Sonae MC, da Azambuja, e 175 estão infetados com a Covid-19. A informação foi atualizada esta quinta-feira pela diretora-geral da Saúde Graça Freitas.
"Fizeram testes a todos os 833 trabalhadores da empresa e 175 deram positivo. São pessoas jovens, saudáveis, quase todas assintomáticas ou com sintomas ligeiros", explicou Graça Freitas.
Estes doentes vão ficar a recuperar em casa acompanhados pelos seus médicos, explicou a diretora-geral da Saúde.
Um dos trabalhadores da Sonae MC está internado. "Apesar de jovem tem factores de risco", adiantou Graça Freitas.
Os funcionários de outras cinco empresas da Azambuja foram testados e foram encontrados sete casos do novo coronavírus.
A situação na Azambuja é um dos focos de Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostra-se preocupado com "evolução recente" da pandemia de Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo.
A visão global em Portugal "é positiva", mas há "preocupação em relação a evolução recente em Lisboa e Vale do Tejo", declarou Marcelo Rebelo de Sousa no final de uma reunião com especialistas na sede do Infarmed, em Lisboa.
"Não se pode falar de descontrolo na região Lisboa e Vale do Tejo, há surtos localizados, conhecidos, com cadeias de transmissão que estão a ser acompanhados e com a preocupação de prevenir", sublinhou o Presidente da República.
A região de Lisboa e Vale do Tejo tem vários focos identificados, em algumas empresas da Azambuja e em três bairros da margem Sul, entre os quais o Jamaica.
Impedir que as pessoas se concentrem em cafés é uma das medidas admitidas pelo delegado de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval, para contrariar o aumento do número de contágios em bairros mais desfavorecidos da Grande Lisboa.
A associação de moradores de Vale de Chícharos, no Seixal, defendeu esta quarta-feira que o bairro, mais conhecido como Jamaica, deveria ser “isolado” e limitado aos moradores, responsabilizando as “pessoas que vêm de outros concelhos” pelo foco de infeção de covid-19.
O pico da Covid-19 na região de Lisboa só deverá acontecer na terceira semana de junho, face ao continuado aumento de casos de infeção. A conclusão resulta dos modelos preditivos desenvolvidos pela COTEC Portugal e pela NOVA Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa.
Portugal regista 1.369 mortes (mais 13 que na quarta-feira) e 31.596 casos confirmados (mais 304, número mais alto desde 8 de maio e que supõe um aumento de 1%) de infeção pelo novo coronavírus, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório desta quinta-feira, com dados atualizados até às 00h00 de quarta-feira, mostra uma subida de 288 no número de recuperados, para um total de 18.637. Há mais três casos ativos: sobe para 11.590.