27 mai, 2020 - 14:04 • Eduardo Soares da Silva
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Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, admite que os transportes públicos podem ver a sua cadência reforçada, para que seja possível manter o distanciamento social exigido no seu interior.
"São processos de observação e aprendizagem, algumas coisas podem ser melhoradas com medidas de maior cadência dos transportes", admite, em conferência de imprensa, depois de questionada sobre diversos casos em que alguns transportes públicos funcionam perto da sua máxima capacidade.
A mesma responsável coloca também a responsabilidade do distanciamento nos operadores destes serviços e nos seus utilizadores.
"A tendência é fazer o que for possível, que também depende dos operadores dos transportes e das pessoas para que seja cumprido aquilo que está preconizado", acrescenta.
Reportagem
Desde diminuição da frequência de veículos até car(...)
Sobre a abertura de campos de férias no verão e de ATL, Graça Freitas diz que as regras para a sua abertura serão publicadas em breve.
"Temos estado em colaboração com o setor e com os ministérios. Colaborámos com o IPDJ com recomendações para os campos de férias e sairá brevemente uma publicação do IPDJ, em colaboração com a DGS. Ainda hoje sairão as regras para os ATL, e vamos observar algumas normas que já recomendamos nas escolas e nas creches, sempre com a vertente preventiva", afirma.
Graça Freitas explica que decidiu que não iriam ser realizados testes aos profissionais das instituições de pré-escolar, que vão reabrir e receber crianças.
"A política de testes tem sido em função do que é considerado o risco da população rastreada ou com quem vai lidar profissionalmente. Foi por aí que se deu prioridade às creches, porque meninos não conseguem cumprir regras nenhumas. Há uma estratificação do risco", justifica.
São mais 14 óbitos e 285 casos (0,9%) que no dia a(...)
A Diretora-Geral da Saúde revela que as autoridades e autarquias têm informação muito mais detalhada, sobre os surtos e o estado da pandemia no país, do que a população para que a privacidade dos infetados seja respeitada.
"As forças policiais, as autoridades regionais de saúde e autarquias têm informação promenorizada porque necessitam dessa informação para agir. Em relação à informação muito fina para dar ao público, temos de ter respeito pela privacidade das pessoas. Todos os dados que pudessem levar à identificação de uma pessoa que não quer, tem de ser respeitado", afirma.
A pandemia ainda não terminou e "só será hora de relaxar" quando ela terminar. Graça Freitas diz que, apesar da tendência da pandemia ser decrescente em Portugal, é cedo para fazer balanços.
"Todos podem observar que que a tendência é decrescer. Com as cautelas que temos tido, os novos casos estão a reduzir, não temos aumentado internamentos, reduzido óbitos e aumentado o número de casos recuperados. É uma situação favorável, mas só quando a pandemia terminar é que podemos relaxar. Com muita cautela, ainda não é altuira de balanços, mas para acompanhar e monotorizar", termina.
A evolução da pandemia em Portugal: