01 jun, 2020 - 14:26 • Marta Grosso
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São agora cinco as crianças internadas no hospital D. Estefânia, que serve a região de Lisboa em termos pediátricos. Segundo a diretora-geral da Saúde, metade do universo tratado pelo mesmo hospital, está curado.
“Relativamente às crianças internadas no Hospital D. Estefânia, em Lisboa, as notícias são boas. Estiveram internadas 14 crianças, neste momento estão cinco e apenas uma das duas que estava em cuidados intensivos aí se mantém”, anunciou Graça Freitas no período de perguntas e respostas da conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia de Covid-19 em Portugal.
A responsável adiantou que “metade das crianças tratadas pelo hospital está recuperada”, sendo que “a maior parte está em domicílio”.
No início da conferência, e ao contrário do que é habitual, a diretora-geral da Saúde quis deixar uma mensagem a propósito do Dia Mundial da Criança, que se assinala nesta segunda-feira.
“Neste dia, celebram-se os direitos das crianças e a necessidade de estas crianças se tornarem pessoas de pleno direito e de terem um desenvolvimento harmonioso e saudável”, começou por dizer, para depois apelar à importância de manter os cuidados de saúde dos mais pequenos, “desde as consultas pré-gestacionais, à gestação, à preparação para o parto, ao nascimento, à saúde infantil, ao teste do pezinho, que é tão importante, e o grande apelo à vacinação”.
Graça Freitas assegura que “não há nenhum motivo, neste momento, para que as crianças não tenham as suas vacinas atualizadas. Os nossos centros de saúde estão preparados para as receber”, sendo “preferível marcar para evitar filas e aglomerados”.
“A vacina evita muitas doenças, algumas delas graves, e nesta altura a última coisa que queremos ter é surtos de outras doenças”, reforçou.
Graça Freitas disse ainda que é possível que as crianças estejam com os avós desde que se respeitam algumas medidas de segurança: “mantenham a etiqueta respiratória, a distância física, a máscara, aprendam a demonstrar afetos de outra forma, mas evitando o contacto físico”.
Da mesma forma, “as crianças têm direito a brincar, a aprender, a divertir-se” também em segurança.
“Podem ser levadas a passear ao ar livre, a fazer jogos, a ir à praia, a conviver com os mais velhos, evitando o contacto físico, tossir e espirrar para outros”, reforçou Graça Freitas no dia em que o ensino pré-escolar voltou a abrir as portas.