02 jun, 2020 - 18:00 • Lusa
A "cerimónia simbólica" comemorativa do Dia de Portugal que se realizará no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, terá apenas oito presenças, incluindo o chefe de Estado e o presidente desta edição do 10 de Junho, o bispo José Tolentino Mendonça.
Em resposta a uma questão colocada pela agência Lusa, a Presidência da República informou que, além dos dois intervenientes na sessão, haverá seis convidados, que correspondem aos primeiros cinco lugares de altas entidades públicas na lista de precedências do Protocolo do Estado.
Esta lista é encabeçada pelo chefe de Estado, seguindo-se o presidente da Assembleia da República, em segundo lugar, o primeiro-ministro, em terceiro, os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional, ambos no quarto lugar, e do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de Contas, os dois no quinto lugar.
Na segunda-feira, o "site" da Presidência divulgou o programa do Dia de Portugal, ficando a saber-se que a "cerimónia simbólica" no Mosteiro dos Jerónimos, terá início às 11h00 e discursos do presidente das comemorações, cardeal Tolentino Mendonça, e do chefe de Estado.
A nota sublinha que "as comemorações que estiveram previstas para a Região Autónoma da Madeira e África do Sul, foram alteradas, para assim respeitar as regras de precaução sanitária no quadro da pandemia da doença covid-19".
O programa terá início "no exterior do Mosteiro dos Jerónimos onde, pelas 11h00 e sob a presidência do chefe de Estado, decorre a cerimónia do içar da bandeira nacional, com a execução do hino nacional, 21 salvas por unidade naval da Armada Portuguesa fundeada no rio Tejo e sobrevoo de homenagem por uma esquadrilha de aeronaves F-16 da Força Aérea".
Segundo a mesma nota, "depois, na Igreja de Santa Maria de Belém, o Presidente da República deposita uma Coroa de Flores no Túmulo de Luís Vaz de Camões, e guarda um minuto de silêncio em homenagem aos mortos ao serviço da pátria".
"Nos claustros do Mosteiro, irá usar da palavra o cardeal D. José Tolentino de Mendonça, presidente da comissão organizadora do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a que se segue a intervenção do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que encerra as cerimónias", lê-se no texto.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha divulgado, no dia 17 de abril, que o Dia de Portugal seria assinalado com uma "cerimónia simbólica" junto ao Mosteiro dos Jerónimos.
O 10 de Junho será a primeira data nacional com comemorações da responsabilidade do Presidente da República nesta fase de pandemia de covid-19, depois do 25 de Abril, assinalado na Assembleia da República, e do Dia do Trabalhador, com organização sindical.
Na sequência da polémica em torno das celebrações do 1.º de Maio pela CGTP-IN, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que esperava "uma comemoração simbólica" e "mais restrita, mais limitada".
"O 1.º de Maio, como o 25 de Abril, como o 10 de Junho são cerimónias nacionais, a que correspondem feriados nacionais, e pareceu-me a mim óbvio, para que se não dissesse que a democracia estava suspensa com o estado de emergência, que deviam ser celebrados, simbolicamente", declarou, na altura.