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Margem Sul

Aumento de barracas no Segundo Torrão? Autarquia de Almada não tem números

04 jun, 2020 - 11:00 • Olímpia Mairos

A denúncia é feita por Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, mas a autarca de Almada mostra-se surpreendida com as declarações, afirmando não ter dados relativos aos últimos três meses.

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A presidente da Câmara de Almada mostra-se surpreendida com as declarações de Isabel Jonet sobre o aumento do número de barracas no Segundo Torrão, um bairro clandestino na freguesia da Trafaria, em Almada, devido à crise pandémica da Covid-19.

A presidente do Banco Alimentar afirmou, em entrevista à Renascença e ao jornal Público, que a pandemia fez muita gente perder os rendimentos e, por esse motivo, a casa, por não conseguir pagar a renda.

A presidente da autarquia de Almada, Inês Medeiros mostra-se surpreendida com as declarações, afirmando não ter dados relativos aos últimos três meses. “Estamos a fazer esse levantamento, não tenho dados ainda para poder dizer se houve, quantos houve e qual é que é o perfil sociológico das pessoas que estão a recorrer àquela habitação ultra precária”, explicou.

A autarca admite, no entanto, ser “evidente que a subida das rendas nos últimos dois, três anos” levou à procura de habitação precária e declara que “o Segundo Torrão é uma das grandes preocupações”.

Segundo Inês Medeiros, sempre que se consegue realojar alguém é demolida uma daquelas habitações precárias. “Mas é muito difícil, não conseguimos por ali uma vigilância a 100% e, portanto, normalmente, assim que há uma casa que se liberta, é ocupada por uma nova família.”

A autarca de Almada reitera o seu empenho em “encontrar soluções para resolver o problema e considera fundamental “lançar o máximo possível de empreitadas de reabilitação de casas”, adiantando que já foi criado “um regulamento para habitação social, para poder haver uma distribuição de casas que seja justa e em que os casos mais prioritários possam avançar”.

“Estamos a estabelecer parcerias com o IHRU, parcerias a vários níveis, já adquirimos várias casas para aumentar a nossa oferta, mas todas elas ficam ocupadas quase imediatamente, porque temos uma lista de espera para habitação enorme, que já vem de há vários anos”, acrescenta.

Sem avançar números concretos sobre a lista de espera para uma habitação, Inês Medeiros adianta, no entanto, que são “vários milhares”.

Comentários
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  • Ana
    06 jun, 2020 Costa da Caparica 10:32
    Por que não se manda abaixo as casas dos que são realojados? Este país está transformado em barracas e criminologia. Leis de imigração devem ser alteradas senão esta desgraça nunca mais acaba. Quem estiver ilegal deve ser remetido à procedência. Os portugueses estão fartos de andar a pagar casas para esta gente por culpa de governos e justiça incompetentes.

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