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Caso Maddie. Ministério Público alemão assume que criança está morta

04 jun, 2020 - 13:18 • Lusa

Procurador de Braunschweig confirma que está a ser investigado “um cidadão alemão, de 43 anos, por suspeita de homicídio”.

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Polícia britânica pede informações sobre números de telemóvel portugueses. Alemão é novo suspeito do desaparecimento de Maddie
Polícia britânica pede informações sobre números de telemóvel portugueses. Alemão é novo suspeito do desaparecimento de Maddie

O Ministério Público de Braunschweig, na Alemanha, assumiu esta quinta-feira que Madeleine McCann, desaparecida em 2007 no Algarve, está morta. O suspeito foi identificado como sendo Christian B., de 43 anos, um cidadão alemão que está a cumprir pena no seu país, adianta a imprensa.

“Gostava de começar por dizer que na investigação do desaparecimento da criança britânica Madeleine McCann, com 3 anos, da Praia da Luz, no Algarve, assumimos que a menina está morta,” afirmou Christian Wolters, procurador e porta-voz, durante uma declaração à imprensa sem direito a perguntas.

A posição do Ministério Público é conhecida um dia depois de a Polícia alemã ter apontado um suspeito para o desaparecimento e eventual morte de Maddie McCann.

Referindo que se tratava de uma curta declaração, Christian Wolters, procurador e porta-voz do Ministério Público de Braunschweig adiantou que está a ser investigado “um cidadão alemão, de 43 anos, por suspeita de homicídio”.

O suspeito foi acusado de abuso sexual de menores, entre outros crimes, e está a cumprir pena de prisão.

“O homem terá vivido no Algarve, durante períodos entre 1995 e 2007. Segundo as informações que temos, terá desempenhado vários trabalhos em Lagos, alguns deles ligados à gastronomia. Outras evidências sugerem que cometeu vários crimes para conseguir dinheiro, incluindo roubo em cadeias de hotéis e casas de férias e tráfico de drogas”, acrescentou Christian Wolters.

O procurador pediu ainda a colaboração de todos para encontrar informações ligadas ao caso.

De forma coordenada, a polícia britânica divulgou as mesmas informações sobre o caso na quarta-feira, embora mantendo a tese de desaparecimento. O sub-comissário adjunto da Metropolitan Police, Stuart Cundy, disse que o suspeito passou a interessar aos investigadores na sequência de um apelo público em 2017, no âmbito do 10.º aniversário do desaparecimento.

Registos telefónicos colocam este homem na área da Praia da Luz no dia em a criança inglesa desapareceu.

A Metropolitan Police, que está a investigar o desaparecimento numa investigação designada por Operação Grange, divulgou imagens de uma carrinha caravana branca de marca Volkswagen que o suspeito usou para viver e também um automóvel Jaguar de que foi proprietário.

A polícia tornou também públicos dois números de telemóvel, um usado pelo suspeito e que terá recebido uma chamada entre as 19:32 e 20h02 de 3 de maio na zona da Praia da Luz, e outro que iniciou o telefonema e cujo autor poderá ser uma “testemunha altamente significativa”.

O apelo público foi feito também pela BKA na estação de televisão ZDF e o objetivo é conseguir mais informação para provar ou descartar o envolvimento do suspeito.

“Embora este homem seja suspeito, mantemos uma mente aberta quanto ao seu envolvimento e esta continua sendo uma investigação sobre pessoas desaparecidas. O nosso trabalho como detetives é seguir as pistas, manter a mente aberta e estabelecer o que aconteceu naquele dia em maio de 2007”, disse na quarta-feira o responsável pela investigação, o Inspetor Chefe Mark Cranwell.

Madeleine McCann desapareceu a 3 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.

A polícia britânica começou por formar uma equipa em 2011 para rever toda a informação disponível, abrindo um inquérito formal no ano seguinte, tendo até agora despendido perto de 12 milhões de libras (14 milhões de euros).

A Polícia Judiciária (PJ) reabriu a investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela Procuradoria Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um outro britânico, Robert Murat.

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