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Detido inspetor das Finanças de Bragança suspeito de corrupção na cobrança de impostos

04 jun, 2020 - 16:45 • Lusa

O detido tem 46 anos e está a ser investigado por “eventuais práticas corruptivas no âmbito da atividade inspetiva da Autoridade Tributária e relativa à cobrança de impostos junto de vários sujeitos passivos”, de acordo com comunicado da Polícia Judiciária.

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Um inspetor tributário das Finanças de Bragança foi detido por suspeita de corrupção por alegadamente deixar de cobrar avultadas quantias de impostos para o Estado em benefício de contribuintes e dele próprio, informou a Polícia Judiciária (PJ).

O detido tem 46 anos e está a ser investigado por “eventuais práticas corruptivas no âmbito da atividade inspetiva da Autoridade Tributária e relativa à cobrança de impostos junto de vários sujeitos passivos”, de acordo com informação divulgada em comunicado pela PJ.

A detenção ocorreu na quarta-feira numa operação conduzida pela PJ de Vila Real que implicou também “a realização de duas buscas domiciliárias e não domiciliárias na cidade de Bragança e a recolha de vários elementos probatórios”.

O inspetor tributário é suspeito da autoria do crime de corrupção passiva para ato ilícito e foi detido na quarta-feira, estando previsto para esta quinta-feira o primeiro interrogatório judicial, no tribunal de Bragança, para aplicação de medidas de coação.

Fonte da PJ explicou à Lusa que o crime terá sido cometido no exercício da função e envolve vários contribuintes, junto dos quais o funcionário das Finanças tinha a responsabilidade de fazer a inspeção de rendimentos e proceder à cobrança do imposto devido ao Estado.

O que está em causa, de acordo com a fonte, é que, alegadamente, o inspetor tributário, a troco de uma vantagem para ele próprio, terá beneficiado os sujeitos passivos (contribuintes), com a cobrança de imposto inferior àquele que era devido.

As autoridades têm indícios de que a situação se terá repetido com vários contribuintes, o que nos casos sujeitos passivos com uma faturação mais elevada implica a perda de quantias avultadas para o Fisco.

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