05 jun, 2020 - 01:59 • com Lusa
O obstetra do caso do bebé de Setúbal que nasceu com malformações foi punido com a pena máxima prevista nos Estatutos da Ordem dos Médicos, ou seja, a expulsão, disse à Lusa fonte oficial da instituição. Mas Artur Carvalho ainda pode recorrer.
“No caso do bebé Rodrigo [que nasceu com malformações no rosto], o Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos determinou a suspensão por cinco anos do médico. O mesmo Conselho Disciplinar tinha em fase final de instrução outros cinco casos que foram apensados num único despacho de acusação. A decisão deste foi a pena máxima prevista nos Estatutos da Ordem”, afirmou a mesma fonte.
Segundo os Estatutos da Ordem publicados em Diário da República, as sanções disciplinares são advertência, censura, suspensão até ao máximo de 10 anos e expulsão.
Da decisão Conselho Disciplinar Regional do Sul, o médico obstetra Artur Carvalho pode recorrer para o Conselho Superior da Ordem dos Médicos e para os tribunais administrativos.
Durante a gestação, foram efetuadas as três ecografias habituais com o obstetra, mas os pais nunca foram alertados para a existência de qualquer problema. O bebé nasceu sem nariz e olhos e sem parte do crânio.
O bebé Rodrigo nasceu no passado dia 7 de outubro. Não obstante as muitas malformações, e o facto de um primeiro prognóstico lhe ter dado apenas horas de vida, o bebé desenvolveu-se bem.