05 jun, 2020 - 13:59 • Joana Gonçalves
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Dados divulgados esta quinta-feira, no boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), revelam que há 228 concelhos portugueses com, pelo menos, três casos confirmados de Covid-19.
Segundo o mesmo documento, nas últimas 24 horas registaram-se 377 novos casos em todo o país. No entanto, os dados referentes aos concelhos, dão conta de 336 novos infetados. À Renascença, a Direção Geral da Saúde adianta que "existem sempre acertos nos dados por concelhos, quer por atraso de notificação, quer por relocalização do utente em área de residência".
O diretor do serviço de doenças infecciosas do Hospital Curry Cabral tinha já admitido, também em entrevista à Renascença, atrasos no registo dos dados no SINAVE.
Os concelhos com mais casos novos são Sintra (+121), Amadora (+36), Loures (+25), Lisboa (+19), Cascais (+16) e Seixal (+16), segundo a lista da DGS. De acordo com o mesmo boletim, 39 concelhos registam, pelo menos, mais um caso confirmado de Covid-19 face ao dia anterior e oito concelhos somam mais de mil infetados: Lisboa, Vila Nova de Gaia, Porto, Matosinhos, Braga, Sintra, Gondomar e Loures.
Sabendo que a contabilização não será relativa ao total dos casos – nem acompanhará em simultâneo os dados reportados pelas autarquias - a DGS optou por disponibilizar apenas dados do SINAVE, sistema nacional de vigilância epidemiológica (91% do total de casos confirmados).
Lisboa ocupa o topo da tabela com um total 2.555 infetados com o novo coronavírus, seguida de Vila Nova de Gaia (1.580), Sintra (1.521) e Porto (1.401). À semelhança do Porto e Vila Nova de Gaia, 189 concelhos mantém o número de infetados face ao dia anterior.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) foram notificados 336 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas - 89% do total de novos infetados.
Seis concelhos da Área Metropolitana de Lisboa registam aumentos superiores a 150% no número de casos de infeção desde o fim do estado de emergência, sendo que em Loures e na Amadora a subida ultrapassa 180%.
O país esteve em estado de emergência entre 19 de março e 2 de maio, seguindo-se, desde então, o estado de calamidade e o levantamento gradual, de 15 em 15 dias, das medidas de confinamento.
Portugal regista 1.465 mortes (mais 10 que na quinta-feira) e 33.969 casos (mais 377, o maior número desde 8 de maio) confirmados de infeção pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Dos 377 novos casos, 336 (89,12%) foram detetados na região de Lisboa e Vale do Tejo, que é, neste momento, o epicentro da pandemia em Portugal.
O relatório desta sexta-feira, com dados atualizados até às 00h00 de quinta, mostra um aumento de 203 recuperados, para um total de 20.526. O número de casos ativos sobe para 11.978 (mais 164).
A taxa de letalidade mantém-se nos 4,3% (17,4% acima dos 70 anos).
Desde o dia 1 de janeiro, registaram-se 334.923 casos suspeitos. O relatório revela, ainda, que 1.636 casos ainda aguardam os resultados dos testes laboratoriais e mais de 28 mil pessoas estão sob vigilância das autoridades sanitárias.
A região Norte é a que regista o maior número de mortos (803), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (387), da região Centro (244), do Algarve (15) e do Alentejo, com um morto. O boletim dá conta de 15 óbitos nos Açores. O arquipélago da Madeira continua sem registo de mortes por Covid-19.
É nos 80 anos para cima que se registam mais óbitos (989), seguido do grupo dos 70 aos 79 anos (280), dos 60 aos 69 anos (130), dos 50 aos 59 anos (46), dos 40 aos 49 anos (17), dos 20 aos 29 anos (2) e dos 30 aos 39 anos, com um óbito.
No total, morreram 744 mulheres e 721 homens com Covid-19.