05 jun, 2020 - 14:16 • Redação
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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, lançou esta sexta-feira um sério apelo para que doentes com Covid-19, contactos diretos ou suspeitos de estarem infetados respeitem a quarentena.
“Todas as pessoas que sabem que estão infetadas, com ou sem sintomas, e todos os contatos próximos, sem sintomas e que estão sob vigilância das autoridades de saúde, têm indicação para ficarem em isolamento e quero fazer apelo sério que mantenho o isolamento durante 14 dias”, disse Graça Freitas na conferência de imprensa diária de balanço da pandemia.
A diretora-geral da Saúde afirma que Portugal “está à beira de controlar a situação epidémica” e é necessário fazer “um esforço final para que quem está positivo cumpra o isolamento e não infete familiares, amigos e conhecidos”.
“Quem está doente ou suspeita e quem é contato de um doente, não deve circular nem em Lisboa nem para fora de Lisboa, deve ficar na sua casa, isolado profilaticamente durante 14 dias. A questão aqui não é ir para outras regiões, não deve ir nem para a casa ao lado. Deve ficar na sua casa”, reforça Graça Freitas.
Ir de férias, com regras. "Não podemos descontrair demasiado"
Numa altura em que se aproxima uma semana de feriados e os Santos Populares, a responsável faz um segundo apelo: os portugueses podem ir de férias, mas sempre respeitando as condições de distanciamento social e de higiene.
“Aproxima-se uma semana de feriados e época de férias. Este ano vamos poder fazer férias, mas de forma diferente, temos de manter distanciamento físico em relação a outras pessoas além das que convivemos habitualmente, família ou coabitantes que podem manter-se juntas.”
“Amigos, familiares, conhecidos, devem ter medidas de distância física, utilizar máscara quando for necessário, não partilhar objetos, copos, garrafas, toalhas, manter higiene das mãos, das superfícies”, recorda Graça Freitas.
Serão férias e fins de semana diferentes, com outras regras, sublinha. “Podemos a mesma descontrair divertir e sair do sítio habitual, mas com cuidado”.
A diretora-geral da Saúde alerta que a “perceção do risco e do perigo começa a ser menor” na sociedade portuguesa, mas Portugal continua a ter cadeias de infeção e o vírus não desapareceu”.
“Não podemos descontrair demasiado. Queremos sair da epidemia o mais rapidamente possível e vamos fazer último esforço de contenção social, e de um comportamento afetivo e divertido à mesma, mas com a regra da distância física. É o grande apelo que eu faço para os próximos dias meses semanas”, afirma Graça Freitas.
Portugal regista 1.465 mortes (mais 10 que na quinta-feira) e 33.969 casos (mais 377, o maior número desde 8 de maio e que supõe um aumento de 1,1%) confirmados de infeção pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Dos 377 novos casos, 336 (89,12%) foram detetados na região de Lisboa e Vale do Tejo, que é, neste momento, o epicentro da pandemia em Portugal.