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Bastonário dos Médicos pede verba semelhante à que vai para a TAP

10 jun, 2020 - 22:23 • Redação

500 milhões "é bom", mas o setor precisa de bem mais, diz Miguel Guimarães.

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É com alguma preocupação que o Bastonário da Ordem dos Médicos reage ao anunciado reforço de 500 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde.

O valor consta da proposta de Orçamento Suplementar apresentada pelo Governo.

O bastonário sublinha que o valor da injeção de capital para salvar a TAP, que não discute, seria mais adequado às necessidades do setor.

“É bom que sejam atribuídos 500 milhões, mas a saúde precisa bem mais de 500 milhões”. Miguel Guimarães lembra que só para a TAP vão 1200 milhões.

Miguel Guimarães identifica, pelo menos, duas áreas em que era esperada uma maior dotação: cuidados primários e saúde pública.

“O valor que foi distribuído nas várias áreas da saúde deixa-me preocupado. No que diz respeito aos cuidados de saúde primários, aparentemente, não há qualquer tipo de reforço e a verba que é atribuída para reforçar os cuidados de saúde pública não me parece que seja uma verba que dê para, de facto, ter um reforço substantivo”, referiu.

O bastonário saúda, por outro lado, o reforço previsto para os cuidados intensivos. “É importante porque, de facto, tínhamos que reforçar a capacidade de resposta dos cuidados intensivos. Não podemos arriscar que numa segunda onda os cuidados intensivos fiquem reservados apenas para os doentes Covid”.

Guimarães diz, ainda, ter dúvidas sobre a previsão para a capacidade de resposta na recuperação pós Covid19 e para a reforma dos hospitais.

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