11 jun, 2020 - 13:12 • Redação
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O Ministério da Saúde admite lapso. Afinal, não há surto de Covid-19 na freguesia de Arroio, em Lisboa.
O esclarecimento foi divulgado esta quinta-feira pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, na conferência de imprensa de balanço da pandemia de Covid-19.
“Aquilo que é possível concretizar é que nós temos alguns surtos em alguns pontos [de Lisboa], que têm uma correspondência com um código postal, no caso de Arroios houve um lapso que já foi identificado e pelo qual pedimos desculpa", disse Jamila Madeira.
Na quarta-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, falou em 13 surtos preocupantes em Lisboa, Loures, Odivelas, Amadora e Sintra, referindo-se aos casos registados nas freguesias de Arroios, Santo António, Encosta do Sol, Queluz e Belas, Águas Livres, Agualva, Mira-Sintra, Mina d'Água e Rio de Mouro.
O aumento de casos registado nos últimos dias na região de Lisboa e Vale do Tejo levou o Governo a criar um Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, referiu que a dinâmica das epidemias está relacionada com a dinâmica das populações, explicando que a intensidade dos rastreios tem sempre em conta o contexto e a realidade que se vive no momento.
“A política de testagem deve ser orientada” tendo em conta os diferentes “momentos, contextos e situações de risco”, explicou Graça Freitas, quando questionada se estaria a haver uma testagem agressiva na zona de Lisboa em contraponto com outras regiões do país.
Sobre o anúncio da incidência de casos entre os profissionais da construção civil (10%), Graça Freitas disse que foram testados outros grupos, mas este foi o que se destacou.
Os restantes grupos deram uma percentagem de testes muito baixa, como foi o caso do registo de positivos em lares ou em agregados familiares, explicou Graça Freitas.
O total de casos em Portugal está agora nos 35.910 e o número de mortes em 1.504. Fica ultrapassada mais uma barreira no que respeita ao número de óbitos: a dos 1.500.
A taxa geral de letalidade mantém-se no 4,2%; a mesma taxa nos doentes com mais de 70 anos é de 17,5%.