13 jun, 2020 - 13:48
Mais de 83% dos profissionais de saúde diagnosticados com Covid-19, em Portugal, já recuperaram, segundo revelou o secretário de Estado da Saúde, este sábado.
Em conferência de imprensa, António Sales salientou que o número de recuperados, entre os profissionais de saúde, reforça a confiança para o futuro nas instituições de saúde e para a retoma da normalidade.
"Mais de 83% dos profissionais de saúde infetados recuperaram. São mais de 2.900 profissionais que regressaram aos seus serviços", enalteceu o governante.
Lacerda Sales revelou, ainda, que "dos mais de 14 mil testes" efetuados em empresas em que foi identificado risco, na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), "cerca de 95% tiveram resultados negativos e 5% positivos".
O secretário de Estado salientou que o Ministério da Saúde está a trabalhar para "encontrar respostas para poder quebrar cadeias de transmissão e diminuir os casos diários com a maior celeridade possível":
"LVT é uma situação específica e bem diferente do resto do país. Para situações diferentes, exigem-se respostas diferentes. Foi o que fizemos ao criar um gabinete regional de intervenção, para encontrar respostas para estas situações específicas, especialmente em Odivelas, Amadora, Loures, Lisboa e Sintra."
Mais de 83% dos profissionais de saúde infectados (...)
Na conferência de imprensa diária de atualização da situação pandémica em Portugal, o secretário de Estado da Saúde anunciou, também, que já foram entregues a unidades hospitalares de todo o país mais de 680 ventiladores invasivos.
"A nossa capacidade de cuidados intensivos aumentou de 629 para 819 camas, mais 23%. O nosso objetivo é chegar ao fim do ano com rácio de 9,4 camas por 100 mil habitantes", revelou António Lacerda Sales.
O presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a Covid-19, João Gouveia, salientou, contudo, que "medicina intensiva não é só camas e ventiladores, também é preciso profissionais".
"Houve um esforço para contratar profissionais. Temos neste momento capacidade de medicina intensiva que está relativamente sobrecarregada, se não muito sobrecarregada. A taxa de ocupação global está em 61%. Em LVT, não ultrapassa os 65%, portanto temos uma boa reserva de medicina intensiva, que pretendemos ampliar", assinalou.
João Gouveia afiançou que Portugal tem "melhor capacidade de medicina intensiva neste momento que no início da pandemia" e espera que, no final da pandemia, esteja "ainda melhor".