15 jun, 2020 - 13:36 • Lusa
A população portuguesa aumentou no ano passado em relação a 2018 graças à imigração, com um crescimento efetivo de 0,19%, a primeira vez em 10 anos, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O crescimento da população em 2019 deveu-se ao aumento do saldo migratório (diferença entre as pessoas que saem e as que vêm para Portugal) de 11.570 para 44.506, uma vez que o saldo natural (diferença entre nados vivos e mortes) continuou negativo, caindo 0,25%.
Segundo as estimativas de população residente divulgadas hoje, a população ficou ainda mais velha no espaço de 10 anos, com metade dos residentes acima dos 45,5 anos, mais 4,3 anos do que se verificava em 2009.
Em 2019, o INE estima que vivessem em Portugal 10.295.909 pessoas (5.435.932 mulheres e 4.859.977 homens), mais 19.292, a primeira vez que o saldo é positivo desde 2009.
Em 2019, a idade média a que as mulheres tinham filhos aumentou para 31,4 anos, mais 1,7 anos do que em 2009.
Por região, o saldo migratório positivo registou-se na Área Metropolitana de Lisboa, Centro, Norte e Região Autónoma da Madeira.
Em 2019, a população com menos de 15 anos decresceu 10.581 pessoas para 1.396.985 e a população com 65 anos ou mais aumentou 36.199 para 2.280.424 pessoas.
As pessoas com 85 anos ou mais aumentaram para 322.609 (mais 12.335) e em 2019 havia 163,2 idosos (com 65 anos ou mais) por cada 100 jovens (entre zero e 14 anos).
Mesmo assim, a região mais jovem de Portugal é o arquipélago dos Açores, a única onde há mais jovens do que idosos, com um índice de envelhecimento de 97,2 idoso por 100 jovens.
O índice de envelhecimento mais elevado foi no Alentejo, onde em 2019 havia 206,1 idosos por cada 100 jovens, e no Centro, com 203,6 idosos por cada 100 jovens.