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Vinte casos de Covid-19 no IPO de Lisboa

17 jun, 2020 - 13:19 • Redação, com Lusa

Oito profissionais de saúde e 12 doentes internados no Serviço de Hematologia infetados com o novo coronavírus. Doentes em causa foram "transferidos para outras unidades do Serviço Nacional de Saúde, encontrando-se em situação clínica estável”.

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Oito profissionais e 12 doentes internados no Serviço de Hematologia no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa foram diagnosticados com covid-19, segundo a instituição, adiantando que os pacientes foram transferidos para outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A existência de um surto de covid-19 no IPO tinha sido anunciado minutos antes pela diretora-geral da Saúde. Graça Freitas confirmou vários casos e remeteu mais esclarecimentos para um comunicado da instituição que foi entretanto revelado.

Até ao dia de hoje, o IPO Lisboa realizou cerca de seis mil testes, tendo sido testados 2.700 doentes e mais de 1.500 prestadores, incluindo prestadores externos.

“No âmbito das medidas mencionadas, no início desta semana foram identificados dois casos de covid-19 em profissionais do Serviço de Hematologia”, refere o IPO, confirmando a indicação deixada por Graça Freitas.

O comunicado adianta ainda que de acordo com o protocolo instituído no IPO Lisboa, foram rastreados os profissionais do Serviço de Hematologia e todos os doentes internados, tendo-se confirmado a presença de infeção em mais seis profissionais, o que perfaz oito profissionais infetados (três médicos, três enfermeiros e dois assistentes operacionais) e em 12 doentes.

O IPO Lisboa afirma que “acionou imediatamente as medidas de contenção previstas no seu plano de contingência, tendo os doentes com infeção já tido sido transferidos para outras unidades do Serviço Nacional de Saúde, encontrando-se em situação clínica estável”.

Os doentes do Serviço de Hematologia com resultados negativos permanecem internados no IPO Lisboa.

“O Hospital mantém o normal funcionamento, devendo os doentes manter as consultas e os tratamentos agendados que estão a ser prestados em condições de segurança”, assegura o IPO.

O IPO de Lisboa refere ainda que tem instituído desde o início da pandemia por covid-19 um conjunto de medidas preventivas que permitem assegurar e garantir a prestação dos cuidados assistenciais aos doentes oncológicos em condições de segurança e com reduzido impacto no normal funcionamento do instituto.

De entre os procedimentos aplicados, destaca-se a realização de testes de diagnóstico de covid-19 aos doentes que fazem tratamentos de quimioterapia e radioterapia, que vão realizar cirurgia ou exame médico invasivos e a todos os que necessitam de internamento ou apresentam sintomas suspeitos.

Simultaneamente, o instituto implementou um programa de rastreio a todos os profissionais, refere o instituto.

Na conferência de imprensa desta quarta-feira de balanço da pandemia, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, deixou uma "palavra de grande tranquilidade para os utentes do IPO", uma instituição "altamente responsável e segura, que tem um plano de contingência muito ativo".

Portugal regista 1.523 mortes (mais uma que na terça-feira) e 37.672 casos (mais 336) confirmados de infeção pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).


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