18 jun, 2020 - 17:50 • Ana Carrilho
Os médicos de família voltaram a poder prescrever tratamentos termais aos seus doentes. A situação estava prevista desde fevereiro, quando o Parlamento aprovou uma proposta que prolonga o projeto-piloto, até ser avaliado pelo Ministério da Saúde.
As comparticipações de tratamentos em termas tinham sido suspensas em 2011 e foram retomadas o ano passado, sob a forma de projeto-piloto, para vigorar até ao fim de 2019. A continuação fica condicionada à avaliação do Ministério da Saúde, que deveria ter sido divulgada no primeiro trimestre, mas foi adiada, sem data.
Por isso, a Assembleia da República aprovou o prolongamento mas, com a pandemia, os tratamentos termais deixaram de ficar disponíveis no software clínico. E só na quarta-feira, a ministra Marta Temido deu autorização para que os médicos voltassem a prescrever estes tratamentos, que abrangem várias doenças. Por exemplo, a artrite reumatoide, rinite, asma, diabetes, anemia ou insuficiência venosa.
O valor da comparticipação paga pelo Estado ascende a 35% do preço do conjunto de tratamentos, com o limite de 95 euros por utente.
Adriano Barreto Ramos, coordenador da rede Termas do Centro, que inclui 20 estâncias termais, está satisfeito com a decisão do Ministério da Saúde.
Em 2019, a atividade das termas cresceu 15% graças ao projeto-piloto. Os médicos do Serviço Nacional de Saúde emitiram 7.500 prescrições de tratamentos.
Para Barreto Ramos, “o retorno das comparticipações será ainda mais decisivo este ano, uma vez que contribui para atenuar os efeitos da suspensão das atividades, devido à Covid-19”.