19 jun, 2020 - 09:55 • Redação
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O Bastonário da Ordem dos Médicos volta a apelar ao Ministério de Saúde que reforce os equipamentos de proteção individual nos hospitais e quer uma reserva de máscaras, toucas e batas.
A reivindicação vem na sequência da primeira morte de um profissional de saúde no país. Um médico morreu vítima de Covid-19, e estava internado nos cuidados intensivos do hospital de S. José em Lisboa há mais de um mês. O clínico de 68 anos, terá sido infetado por um colega.
Miguel Guimarães diz que a falta de equipamentos de proteção individual poderá não ter sido o motivo para a morte do médico do hospital Curry Cabral, mas assegura que as queixas continuam a existir.
Coronavírus
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“Ainda ontem tive uma queixa de um médico de um hospital central porque estavam a precisar de toucas e batas”, avança à Renascença.
O mesmo responsável diz que “o que se gasta de máscaras para nos protegermos uns aos outros é um volume maior do que as pessoas imaginam”.
“Para termos uma boa reserva precisamos de muitos milhões de máscaras, batas e toucas. Precisamos de muitos milhões de unidades. Ninguém perdoaria ao Ministério da Saúde se esta reserva não estivesse feita dentro de muito pouco tempo”, remata.
Na mesma linha, o Sindicato Independente dos Médicos apela ao Ministério da Saúde para que todos os profissionais sejam testados, incluindo aqueles que não apresentam sintomas.
bastonário da ordem dos médicos
Miguel Guimarães mostra especial preocupação com a(...)
À Renascença Jorge Roque da Cunha reafirma a importância de haver uma testagem generalizada para que os profissionais de saúde não sejam um perigo para colegas ou utentes.
“É essencial que o Ministério da Saúde proteja os seus profissionais, e que cesse a descriminação que existe em relação aos testes que são feitos aos profissionais de saúde. Só quando existem sintomas depois de contatos é que se fazem testes”, revela.
Roque da Cunha diz que isso além de pôr em risco “os nossos profissionais, põe em risco os nossos doentes”.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos garante ainda que o número de médicos infetados já ultrapassa os 600, um número superior aos 500 médicos infetados que o Ministério da Saúde mantém há três semanas.
Entretanto, o Ministério da Saúde já veio lamentar a morte do médico. Na página da internet do Serviço Nacional de Saúde, o ministério de Marta Temido, endereçou os votos de pesar à família e aos amigos do profissional.
Uma nota publicada no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indica que o falecimento deste clínico, na sequência de infeção pelo novo coronavírus, ocorreu "ao início da noite de quarta-feira, dia 17 de junho, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, EPE".