25 jun, 2020 - 07:54 • Redação
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O Governo admite voltar ao dever cívico de recolhimento obrigatório em 19 freguesias de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) para travar os casos de Covid-19. A notícia é avançada pelo jornal “Público”.
O objetivo da medida é travar a transmissão comunitária e ajudar a otimizar o trabalho dos serviços de saúde no terreno.
A medida poderá ser aprovada na reunião do Conselho de Ministros, que está marcada para esta quinta-feira.
Na prática, a população daquelas freguesias com mais casos de Covid-19 ficará obrigada ao dever cívico de recolhimento, apenas podendo sair à rua para atividades essenciais, como trabalhar, comprar bens alimentares ou medicamentos, adianta o “Público”.
Em causa estão as seis freguesias do concelho da Amadora e as quatro de Odivelas. Em Sintra, as restrições abrangem Queluz-Belas, Massamá-Monte Abraão, Agualva-Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro e Cacém-São Marcos.
Pandemia de Covid-19
"É uma responsabilidade de todos", afirmou o prime(...)
Em Loures, Camarate, Unhos e Apelação e Sacavém-Prior Velho são as freguesias abrangidas, enquanto em Lisboa apenas a freguesia de Santa Clara está incluída no dever de recolhimento obrigatório.
Para estas freguesias já tinha sido anunciado um reforço do policiamento, mas também dos médicos de saúde publica para acompanhar os focos de contágio identificados.
Em toda a Área Metropolitana de Lisboa, que são 18 concelhos, que incluem a Grande Lisboa, a península de Setúbal e, a norte, até Vila Franca de Xira e Mafra, estão proibidos ajuntamentos com mais de 10 pessoas, enquanto no resto do país o limite para concentrações é de 20 pessoas, além de outras medidas.
O Conselho de Ministros desta quinta-feira também vai aprovar as multas para quem violar a restrição aos ajuntamentos com mais de 10 pessoas, que podem ir até aos 350 euros.
Fernando Maltez
Diretor de infecciologia do Hospital Curry Cabral (...)
Lisboa e Vale do Tejo ultrapassou o Norte, na quarta-feira, como a região mais afetada pela pandemia do novo coronavírus.
Portugal regista 1.543 mortes (mais três que na terça-feira) e superou a barreira dos 40 mil casos (40.104 casos, mais 367, o que supõe um aumento de 0,9%) confirmados de infeção com Covid-19, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
As três mortes e 302 (82,29%) dos novos diagnósticos ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, que é, neste momento, o epicentro da pandemia em Portugal, com um total de 17.527 casos confirmados.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, negou na quarta-feira qualquer descontrolo da pandemia de Covid-19 e defendeu "medidas específicas" e "atuação rápida" para travar a evolução da doença na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). O chefe de Estado falava esta quarta-feira no final de uma reunião com especialista, que teve lugar na sede no Infarmed, em Lisboa.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que na reunião com epidemiologista, no Infarmed, foi reforçada a mensagem sobre a importância de serem cumpridas "escrupulosamente" as regras de proteção e de saúde pública.
Em declarações à Renascença, Fernando Maltez, diretor de infecciologia do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, disse que a situação em LVT "está descontrolada", mas não é dramática e pode ser revertida com as medidas certas e comportamentos mais responsáveis.
MAPA DA COVID-19