26 jun, 2020 - 19:30 • Fátima Casanova
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Nenhuma escola pública conseguiu intrometer-se entre as 20 melhores nas provas finais do 9.º ano, indica o ranking divulgado este sábado. É a terceira vez que acontece desde que os alunos começaram a realizar estas provas, em 2005.
Depois de 2016 e 2018, também no ranking de 2019 as públicas deixaram o top 20, mas há quatro entre as 30 melhores, mais três face ao ano anterior.
A primeira escola pública, a Vasco da Gama, em Lisboa, surge na posição 24, com uma média de 3,92, numa escala de 0 a 5 valores.
Em segundo lugar entre as públicas e 25.ª no ranking geral está a Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, em Coimbra.
A Escola Secundária Infanta D. Maria, também em Coimbra, repete o terceiro lugar do ano passado, isto depois de ter estado na liderança durante quatro anos consecutivos (2014 a 2017). Com uma média de 3,91 no conjunto das provas de Português e Matemática, ficou na posição 27 do ranking geral.
Ainda entre as 30 melhores escolas está a Dr. Mário Sacramento, em Aveiro, que em 2019 não repetiu um lugar no pódio como nos dois anos anteriores.
No ranking das 10 melhores escolas públicas do 3.º ciclo, duas conseguiram que nenhum aluno ficasse para trás. A taxa de conclusão foi de 100% nas escolas Infanta D. Maria, em Coimbra, e Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim.
Escola básica de Rates finta contexto desfavorável
Na tabela das dez melhores escolas públicas, há uma que se destaca pelo contexto socioeconómico desfavorecido. A Básica de Rates, na Póvoa de Varzim, foi a que recebeu mais alunos de famílias carenciadas.
Dos que completaram o 3.º ciclo no ano letivo 2018/2019, 40% receberam o apoio da ação social escolar, enquanto a habilitação dos pais, em média, era de cerca de sete anos de estudos, menos de metade dos anos de ensino dos pais dos alunos das outras escolas do Top 10.
Ainda assim, a taxa de conclusão no 9.º ano foi de 97,9%, com uma média de 3,67 nos dois exames (Português e Matemática).
Em três anos, esta escola subiu 209 lugares no ranking geral.
Melhores escolas com grandes mexidas. Nenhuma repete o pódio
Em 2019, os três primeiros lugares são uma estreia. No top 10 há seis escolas que mantêm um lugar na tabela, que é liderada pelo Colégio dos Plátanos, com 4,38 de média nas provas finais.
Depois de nos dois anos anteriores ter estado em quarto lugar, esta instituição de ensino do concelho de Sintra afastou o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, do primeiro lugar, que assim não repete o feito de 2018 quando conquistou o lugar cimeiro da tabela tanto no ensino no secundário, como no 3.º ciclo do básico. Em 2019 caiu para o décimo lugar da tabela.
No segundo lugar está o Grande Colégio Universal, no Porto, e em terceiro aparece o Colégio Rainha Santa Isabel, em Coimbra, com uma média de 4,27 valores.
Para o ranking das dez melhores instituições do 3.º ciclo em 2019, a Renascença considerou apenas as escolas onde se realizaram 100 ou mais provas no conjunto das disciplinas de Português e Matemática, tendo por base dados divulgados pelo Ministério da Educação.
Notas subiram para os melhores valores
Voltou a aumentar em 2019 a percentagem de escolas com média positiva, para um verdadeiro recorde: 48% das escolas tiveram média igual ou superior a 3.
É o valor mais alto dos últimos anos e representa uma subida de 4% face a 2018.
Em 2016 só um quarto das escolas tinha tido 3 ou mais valores de média, numa escala de 0 a 5
A melhoria de notas fez-se sentir, especialmente, nas classificações mais baixas, com a redução, de oito para seis, do número de escolas com média inferior a 2. Três dessas escolas estão no distrito de Setúbal, duas no distrito de Lisboa e uma no de Beja.
Já em relação às médias superiores a 4 valores no conjunto das duas provas – Português e Matemática – contam-se 32 escolas, menos uma que em 2018.