29 jun, 2020 - 06:30 • Celso Paiva Sol
O incêndio que deflagrou em Aljezur destruiu o equivalente a quase 2.300 campos de futebol e 72% do que ardeu foi floresta.
De acordo com os dados do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas a que a Renascença teve acesso, o fogo consumiu 1.642 hectares de floresta, 557 ha de matos e pastagens, 71 ha terrenos agrícolas e ainda 7 ha classificados como urbanos.
É preciso ainda recordar que também destruiu várias casas espalhadas pelos três concelhos afetados.
Ficará conhecido como o incêndio de Aljezur, mas a verdade é que foi naquele concelho que as chamas menos estragos fizeram. Ali, “só” arderam 16 dos 2.277 hectares consumidos ao longo dos três dias que durou o incêndio.
Foi lá que começou, na freguesia de Bordeira, durante trabalhos de limpeza com uma motorroçadora. Mas, as principais consequências foram para os concelhos vizinhos. Principalmente, para Vila do Bispo, que viu arder 10% da sua área florestal.
Portugal é o país europeu mais castigado pelos inc(...)
Neste concelho mais a sul, para onde as chamas avançaram logo nas primeiras horas, arderam 1.775 hectares, distribuídos por três freguesias: Budens (1.113 ha), Barão de S. Miguel (589 ha) e Vila do Bispo e Raposeira (73 ha).
Empurradas pelo vento forte que se fazia sentir, as chamas chegaram também ao concelho de Lagos. Já com menos intensidade e, por isso, também com menos efeitos.
Neste concelho, foram afetadas as freguesias de Bensafrim e Barão de S. João, onde arderam, em conjunto, 486 hectares.