29 jun, 2020 - 07:27 • Lusa
A Rede Nacional de Postos de Vigia para vigilância e deteção de incêndios rurais vai ser reforçada nesta segunda-feira com a entrada em funcionamento de mais 153, passando a estar ativos em todo o país 230 postos.
Estes 153 novos postos de vigia fazem parte da rede secundária e vão juntar-se aos 77 que já estavam em funcionamento desde 7 de maio.
No total e durante a época mais crítica de fogos, até 15 de outubro, vão estar ativos 230 postos com 920 operadores, que asseguram o funcionamento 24 horas por dia.
Os 77 postos de vigia, que constituem a rede primária, estão em funcionamento entre 7 de maio e 6 de novembro.
A Rede Nacional de Postos de Vigia é coordenada pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e integra o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais de 2020.
Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), este ano foi feito um balanceamento de cinco postos de vigia da rede secundária para a rede primária, permitindo “uma cobertura mais completa e eficaz do território nacional”, nomeadamente nos distritos de Vila Real, Castelo Branco e Aveiro.
O MAI precisa que a atividade da Rede Nacional de Postos de Vigia na área da vigilância e deteção de incêndios rurais nascentes permite “uma intervenção dos meios de combate de forma mais célere e precisa”.
Além do alerta às entidades responsáveis pelo combate, a rede de postos de vigia contribui ainda para a georreferenciação da ocorrência, através do processo de triangulação e da produção de informação complementar útil de apoio à decisão operacional.
Em três dias, ardeu mais de metade do que tinha ar(...)
A fase mais crítica de incêndios vai começar na quarta-feira com um novo reforço de meios de combate, passando a estar operacionais, até 30 de setembro, 11.825 operacionais, 2.746 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos.
Os meios são este ano reforçados em 3% face a 2019, nomeadamente com mais guardas florestais e sapadores florestais.
Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas dão conta de que se registaram, entre 1 de janeiro e 28 de junho, 2.035 incêndios rurais que resultaram em 3.886 hectares de área ardida, 55% dos quais referente a matos, 39% a povoamentos florestais e 7% a terrenos agrícolas.