29 jun, 2020 - 17:07 • Olímpia Mairos
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Lisboa e Vale do Tejo com reforço de equipas no terreno. O anúncio foi feito pelo coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo, Rui Portugal, esta segunda-feira, durante a conferência de imprensa trissemanal de balanço sobre a pandemia de covid-19.
Rui Portugal reforçou a ideia de que o gabinete que coordena “é um acelerador em relação àquilo que é a estratégia que tem vindo a ser tomada no combate da pandemia” e, nesse contexto, “procura precisamente focar nas áreas em que temos potenciais melhores ganhos".
O responsável acrescentou que “uma das áreas que é crucial no combate é a capacitação das unidades de saúde pública da região, sobretudo quando há picos, para que tenha capacidade de resposta”.
De acordo com o coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em LVT, os hospitais da região recorreram “a meios extraordinários e à sua formação para que possa ajudar, quer neste momento de pico, quer em relação às necessidades”.
“Vamos passar por um tempo de verão, em que muitos dos profissionais de saúde ou que com ela estão a colaborar neste momento iniciam algum período de gozo de férias e, nessa perspetiva, o reforço de todas as pessoas, das mais qualificadas que temos, é para garantir que esse trabalho é feito”, explicou Rui Portugal.
Para além da formação e da integração de mais recursos humanos nas unidades de saúde pública, o gabinete, segundo Rui Portugal, tem implementadas outras estratégias como a “notificação rápida após o diagnóstico, identificação dos contactos próximos o mais rápido possível, determinação de isolamento dos casos e dos contactos”.
O coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo anunciou ainda o reforço de um conjunto de equipas que vai para o terreno, “organizadas em termos de unidades de cuidados da comunidade, Proteção Civil, Segurança Social e um apoio das forças de segurança se necessário, para que seja efetivado o isolamento”.
Para já são três equipas no concelho de Loures, uma equipa em Odivelas, duas equipas na Amadora, três equipas em Sintra e três equipas na cidade de Lisboa.
“Não chega só a determinação do isolamento, ele tem de ser efetuado. E para ser efetuado, reconhece-se, sobretudo em situações de vida mais informal ou aqueles que estão a aguardar formalizar as suas relações com o Estado, possam ter alternativas que possam garantir este isolamento, para defesa dos próprios e de todos”, esclareceu o coordenador do gabinete.
Rui Portugal considera ainda que é fundamental que os profissionais de saúde trabalhem coordenados e tomem decisões de forma “unificada”. Ou seja, que as “autoridades de saúde em diferentes locais tenham decisões equivalentes para situações equivalentes”.
“Alta densidade e diversidade populacional” na região de LVT dificultam a tarefa
O responsável pelo Gabinete que visa a supressão da pandemia na região de Lisboa e Vale do Tejo lembrou também que a área metropolitana de Lisboa tem características específicas que podem dificultar a tarefa, como a alta densidade populacional e a diversidade populacional.
“Há concelhos que têm mais de 100 nacionalidades como residentes”, o que “põe os seus desafios”, sobretudo ao nível da comunicação. “E este gabinete está a preparar uma resposta efetiva e equitativa para estes desafios”, reiterou.
Portugal regista hoje mais quatro mortes, causadas pela Covid-19, do que no domingo e mais 266 infetados, cerca de 85% dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo, divulgou hoje a Direção-Geral da Saúde.
De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, o número de mortos relacionadas com a Covid-19 ascende hoje a 1.568 pessoas enquanto os casos confirmados desde o início da pandemia totalizam 41.912 infetados.
O relatório desta segunda-feira, com dados atualizados até às 00h00 de domingo, mostra uma subida de 139 no número de recuperados, para um total de 27.205 (64,91% dos casos confirmados). O número de casos ativos sobe para 13.139 (mais 139).
A taxa de letalidade baixa para 3,7%.