08 jul, 2020 - 13:27 • Maria João Costa , Cristina Nascimento
Treze anos depois, a Fundação Amália e a Casa do Artista põem um ponto final num litígio que se arrastava desde a morte da fadista. Em comunicado enviado à Renascença, a Fundação Amália Rodrigues revela que o presidente da Casa do Artista passa agora a integrar o Conselho Geral da Fundação, passando a ser um dos 14 membros deste órgão.
As duas instituições resolvem assim um diferendo provocado por uma diferença de interpretação no teor do testamento da artista, que morreu há 21 anos.
Segundo a Casa do Artista, Amália Rodrigues terá deixado explícito no testamento que 15% das receitas da Fundação reverteriam a favor da Casa do Artista, mas tal nunca terá acontecido. A Fundação argumenta que o pagamento não teve lugar por falta de lucros da instituição.
O desentendimento chega ao fim no ano do centenário do nascimento de Amália Rodrigues.
No Conselho Geral da Fundação têm assento Sara Pereira, (diretora do Museu do Fado), José Manuel Rodrigues (sobrinho de Amália), António Campos (Presidente da Associação Cultural de Desenvolvimento Económico e Social do Brejão), Jorge Fernando (compositor), José Carlos Malato (apresentador de televisão), entre outras personalidades.
A Fundação Amália Rodrigues, instituída por vontade testamentária, foi fundada a 10 de dezembro de 1999 e tem sede na Rua de São Bento, nº 193, na casa que Amália habitou durante décadas e se transformou, por sua indicação, numa Casa-Museu.
É uma instituição cultural e social, reconhecida a nível nacional e internacional pelo trabalho desenvolvido em termos de preservação, estudo e divulgação da vida e obra de Amália Rodrigues. A Fundação Amália Rodrigues é a detentora dos direitos de nome e imagem da fadista e gere esse património imaterial com o objetivo de honrar a vontade da sua Fundadora.