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​Óbitos superam nascimentos. Portugal tem a 5.ª taxa de natalidade mais baixa da UE

10 jul, 2020 - 12:53 • Sandra Afonso

Apenas Itália, Espanha, Grécia e Finlândia registaram taxas de natalidade mais baixas que Portugal no último ano.

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O número de nascimentosem Portugal voltou a descer, em 2019, depois de uma recuperação em 2018.

Apenas Itália, Espanha, Grécia e Finlândia registaram taxas de natalidade mais baixas que Portugal no último ano.

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, em 2019 nasceram em Portugal 86,6 mil crianças, abaixo dos 87 mil nascimentos que se verificaram em 2018. O valor corresponde a um rácio de 8,4 nascimentos por cada mil habitantes.

Em comparação com os restantes 26 Estados-membros da UE, apenas quatro apresentam taxas de natalidade inferiores, destes, três são países do sul da Europa: Itália, com sete nascimentos por cada mil habitantes, apresenta a taxa mais baixa, segue-se Espanha (7,6 por mil), Grécia (7,8 por mil) e Finlândia (8,3 por mil).

No extremo oposto encontra-se a Irlanda (12,1 por mil habitantes), com a maior taxa de natalidade, seguida da França (11,2 por mil), Suécia (11,1), Chipre (10,9) e Estónia (10,6).

Imigração mantém aumento da população portuguesa

No último ano, o número de mortes ultrapassou os nascimentos. Ainda assim, a população nacional aumentou em 19,3 mil, para um total de 10,295 milhões de habitantes - o número mais alto desde 2016. A sustentar esta subida terá estado a imigração.

No total, o gabinete de estatística da UE estima que existam 447,7 milhões de habitantes nos 27 Estados-membros, o que representa um recuo de 12,8% face aos 513,5 de 2018, justificado com a saída do Reino Unido. Fazendo as contas sem o Reino Unido, há mais 900 mil habitantes no espaço europeu, que o Eurostat atribui à migração líquida.

Contas feitas, a variação natural da população da UE é negativa desde 2012, com as mortes a ultrapassarem os nascimentos. Em 2019 registaram-se 4,7 milhões de óbitos e 4,2 milhões de nascimentos.

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