11 jul, 2020 - 08:07 • Manuela Pires com Lusa
No ano passado, houve uma diminuição da população portuguesa, sobretudo nos mais jovens e entre a população ativa, indica o novo "Retrato de Portugal" da Pordata.
Em 2019, viviam em Portugal cerca de 10,3 milhões de pessoas, menos 282 mil pessoas, comparativamente a 2009.
Em termos percentuais, a maior quebra verificou-se, sobretudo, entre os mais jovens até aos 15 anos, que eram no ano passado menos 222 mil do que em 2009, o que representa um decréscimo de cerca de 14%.
Em contrapartida, o número de idosos aumentou em cerca de 18% e, em 2019, havia quase mais 350 mil pessoas com 65 ou mais anos em Portugal do que há 10 anos.
Por outro lado, em 2019, Portugal registou um saldo migratório positivo, que entre 2018 e 2019 passou de 11.570 para 44.506, o valor mais alto da última década, mas ainda não há dados sobre o perfil daqueles que procuraram Portugal para viver no último ano.
Para assinalar o Dia Mundial da População que se celebra este sábado, a Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, lança este novo estudo.
São 17 áreas da sociedade como educação, a caracterização dos agregados e até mesmo o numero de médicos e enfermeiros.
A publicação indica que 2018 foi o ano com mais médicos e enfermeiros registados nas ordens profissionais, mais 14 mil médicos e mais 16 mil 900 enfermeiros.
No que diz respeito à caracterização dos agregados familiares, a Pordata indica que, em 10 anos, houve um aumento do número de agregados domésticos de apenas uma pessoa (35%) e de famílias monoparentais - (39%).
Há ainda uma subida de casais sem filhos (mais 15%). No entanto, os casais com filhos continuam, ainda assim, a representar a maioria dos agregados domésticos em Portugal.
Outro indicador é o contexto familiar dos bebés. Em 2019, mais de metade dos nascimentos ocorreu entre pais não casados.
Em dez anos, o número de casamentos diminuiu e os divórcios também, com uma descida de 22 por cento.
No que toca à educação, a maioria dos portugueses (52%) tem apenas o ensino básico, 23% o secundário e 20% dos portugueses concluiram o ensino superior.