13 jul, 2020 - 20:10 • Lusa
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) marcou uma greve para 15 e 16 de julho para alertar novamente para os problemas da classe e o que considera a inatividade da ministra da Justiça e dos serviços prisionais.
Num comunicado assinado pelo presidente do sindicato, Jorge Manuel Rocha Alves, o SNCGP adianta que no dia 15 será feita uma vigília junto à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e no dia seguinte em frente ao Ministério da Justiça, cumprindo as regras estabelecidas no quadro da pandemia da covid-19.
O sindicato afirma que “desde o anterior mandato, e mais vincado no atual, não tem sido possível alcançar diálogo porque a ministra nunca mostrou interesse em promover o mesmo, o que contraria o que o Governo defende em termos de indicações da União Europeia”.
“Com nova direção da DGRSP, verificamos que decorrida metade do mandato de Rómulo Mateus, a mudança serviu apenas para o agravar dos problemas”, acrescenta.
O SNCGP sublinha que, “ao contrário de Celso Manata (anterior diretor-geral), Rómulo Mateus "mostra conviver mal com o exercício dos direitos fundamentais dos trabalhadores do Corpo da Guarda Prisional e, por isso, há mais de um ano que não reúne com o sindicato, quando existem muitos problemas por resolver e várias matéria para regulamentar previstas no estatuto prisional que foi aprovado há mais de seis anos”.
“Como a paciência tem limites”, o sindicato diz “não ver outra alternativa” senão a realização da greve, “para manifestar publicamente a indignação perante o silêncio absoluto" da ministra Francisca Van Dunem e de Rómulo Mateus.
Manifesta ainda “indignação acrescida quando a ministra foi ao parlamento responder aos deputados dizendo que estava tudo bem com o CGP e que só havia um problema com as carreiras de chefe quando sabia perfeitamente que estava tudo mal”.
“Apesar da pandemia da covid-19, não podemos ficar de braços cruzados à espera do que nunca chega, mas vamos garantir que são respeitadas todas as indicações da DGS e assim garantir uma distância de dois metros e uso de máscaras”, referindo igualmente que irão estar apenas alguns dirigentes nos locais das vigílias.