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"Criminalidade a mais, autoridade das polícias a menos". CDS quer travar "arruaceiros" e acusa Governo de "nada fazer"

14 jul, 2020 - 20:38 • Redação com Lusa

"Tem de ser colocado urgentemente um travão a estes gangues de arruaceiros que impunemente vão varrendo as nossas praias, os nossos bairros e as nossas ruas", defende Francisco Rodrigues dos Santos.

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O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu esta terça-feira que em Portugal “há casos de criminalidade a mais e autoridade das polícias a menos” e acusou o Governo de assistir a estas situações “sem nada fazer”.

“A mim parece-me que em Portugal há casos de criminalidade a mais e autoridade das polícias a menos”, disse o líder democrata-cristão, em declarações à Lusa a partir de Santa Cruz das Flores, nos Açores.

Francisco Rodrigues dos Santos está no arquipélago para acompanhar as jornadas parlamentares do CDS-PP/Açores e visitou a Cooperativa Ocidental C.R.L.

À margem dessa visita, quis comentar o facto de quatro pessoas terem sido detidas na segunda-feira no Bairro Quinta do Mocho, em Sacavém, por apedrejarem elementos da PSP que fiscalizavam estabelecimentos de venda de bebidas, no âmbito das medidas de saúde pública de combate à covid-19.

Na ótica de Rodrigues dos Santos, “isto não é aceitável”.

“Na minha opinião, tem de ser colocado urgentemente um travão a estes gangues de arruaceiros que impunemente vão varrendo as nossas praias, os nossos bairros e as nossas ruas enquanto que os portugueses continuam confinados em sua casa e a adotar comportamentos de máxima segurança”, vincou.

Na segunda-feira, o presidente do CDS já tinha referido a rixa de sábado na praia do Tamariz, no Estoril, e que acabou com dois feridos, para pedir “tolerância zero à marginalidade”.

“Enquanto não se optar, como o CDS propôs no parlamento, por valorizar o trabalho das nossas forças de segurança, por aumentar o seu número de efetivos, por reforçar a sua autoridade através do agravamento das penas contra quem as agredir, ofender e desobedecer, casos destes, infelizmente, vão continuar a acontecer enquanto o Governo vai assistindo a este desrespeito sem nada fazer”, insistiu hoje Francisco Rodrigues dos Santos.

Quatro pessoas foram detidas na segunda-feira no Bairro Quinta do Mocho, em Sacavém, por apedrejarem elementos da PSP que fiscalizavam estabelecimentos de venda de bebidas, no âmbito das medidas de saúde pública de combate à covid-19.

Em comunicado, a PSP adianta que a ação de fiscalização na Quinta do Mocho, Sacavém, distrito de Lisboa, ocorreu às 23:38 na sequência do policiamento preventivo que diariamente faz, em toda a sua área de responsabilidade, para garantir o cumprimento das limitações fixadas pelas regras em vigor para combater a pandemia.

“Foram feitos diversos disparos de advertência pelos polícias presentes, para tentar terminar com o arremesso de pedras e garrafas de vidro. Desses disparos não resultaram quaisquer feridos”, é destacado.

De acordo com a PSP, na sequência dos tumultos, quatro homens foram detidos por envolvimento nas agressões aos polícias.

“Ocorreram danos em diversas viaturas policiais e um polícia foi ferido num braço, pelo impacto de uma pedra arremessada”, refere a PSP, acrescentando que está a investigar a ocorrência.

A PSP diz ainda que nos próximos dias vai reforçar o “policiamento no bairro em questão, para assegurar a ordem pública, o cumprimento das medidas de prevenção de propagação da pandemia e a segurança dos residentes e dos polícias”.

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