16 jul, 2020 - 09:35 • Fátima Casanova , Sofia Freitas Moreira
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O calendário escolar para o ano letivo 2020/2021 prevê mais dias de aulas e menos férias, estendendo-se, por isso, por mais dias em junho. Antevê-se, também, que a interrupção letiva da Páscoa seja mais curta, no próximo ano.
As aulas recomeçam entre os dias 14 e 17 de setembro e, segundo o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a prioridade agora são as aulas presenciais, apesar de as orientações para as escolas preverem também regimes mistos e não presenciais.
Para já, os alunos beneficiários da ação social escolar, ou sinalizados pelas comissões de proteção de crianças e jovens, vão ter aulas na escola, mesmo nos regimes misto e não presencial, o que obriga as escolas a acolherem estes alunos.
Covid-19
Presidente do Conselho de Reitores das Universidad(...)
De forma a que as aulas presenciais possam regressar, será obrigatório o uso de máscara por todas as pessoas que entrem na escola: professores, pessoal não docente e encarregados de educação e também pelos alunos a partir do 2º ciclo.
A lavagem das mãos com água e sabão e a secagem com toalhetes de papel também devem passar a ser prática habitual. Deve também ser disponibilizada uma solução antissética de base alcoólica à entrada dos recintos.
Ministro da Educação lembrou como nos últimos três(...)
De acordo com as normas da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), as escolas devem reorganizar os horários escolares, de modo a que as turmas funcionem em turnos de meio dia, para evitar grande concentração de alunos.
As aulas devem ser dadas em espaços amplos e, sempre que possível, e desde que não comprometam a segurança dos alunos, devem manter-se as janelas e portas abertas, de modo a permitir uma melhor circulação do ar.
Cada turma deve manter-se na mesma sala e os alunos devem ter lugares fixos. As mesas devem estar dispostas, preferencialmente, com a mesma orientação e as horas de almoço devem ser desfasadas.
O ministro Manuel Heitor sublinha que cabe às inst(...)
Um dos pontos polémicos das orientações emitidas é o que diz que, sempre que possível, deve garantir-se um distanciamento físico entre os alunos e entre alunos/docentes de, pelo menos, um metro. Isto representa uma diminuição face à recomendação, tendo em conta que, noutros contextos, a distância recomendada é de um metro e meio ou de dois metros.
Os diretores escolares e os sindicatos de professores não estão satisfeitos com esta medida, uma vez que, tal como a recomendação está escrita, até podem ficar dois alunos na mesma carteira.
A preocupação também surge no que toca à prática da atividade desportiva. As normas enviadas para as escolas referem apenas que a prática de desporto, bem como outras atividades que impliquem maior contacto físico, devem ser planificadas e adequadas às orientações das autoridades de saúde em vigor. Quanto ao desporto escolar, também ainda não há indicações.
Para os professores, aulas presenciais com turmas (...)
A Renascença já pediu esclarecimentos ao Ministério da Educação, há vários dias, mas ainda não obteve resposta.
Caso a evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal não permita o retorno normal às aulas presenciais, está previsto um sistema misto e também não presencial.
No sistema misto, as aulas devem desenvolver-se através da combinação entre atividades presenciais, sessões síncronas (à distância) e trabalho autónomo.
No regime não presencial, a carga horária semanal passa a ser distribuída por sessões síncronas e assíncronas, à semelhança do que foram os últimos meses de aulas.