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Fenprof vai acusar ministério da Educação se houver mortes por Covid-19 no regresso às aulas

18 jul, 2020 - 08:43 • Redação

Mário Nogueira afirmou que irá acusará o Ministério da Educação e a DGS de "responsabilidade moral e eventualmente material", caso se verifiquem situações de doença, contágio e morte por covid-19 nas escolas.

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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusará o Ministério da Educação e a DGS de responsabilidade moral e eventualmente material, caso se verifiquem situações de doença, contágio e morte por covid-19 nas escolas.

Num vídeo de 14 minutos publicado na sexta-feira pelo sindicato, Mário Nogueira afirmou que existe uma "completa falta de medidas que sejam adequadas" a um agravamento da pandemia em outubro.

"Situações de doença, de contágio e que possam por em causa a própria vida dos professores, que são aqueles que representamos, a Fenprof acusará como responsável moral e eventualmente material, o ministério da Educação, com a cumplicidade da Direção-Geral da Saúde", afirmou o secretário-geral da Fenprof, que critica as orientações da tutela sobre o regresso às aulas presenciais em setembro.

As aulas recomeçam entre os dias 14 e 17 de setembro e, segundo o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a prioridade agora são as aulas presenciais, apesar de as orientações para as escolas preverem também regimes mistos e não presenciais.

Um dos pontos polémicos das orientações emitidas é o que diz que, sempre que possível, deve garantir-se um distanciamento físico entre os alunos e entre alunos/docentes de, pelo menos, um metro. Isto representa uma diminuição face à recomendação, tendo em conta que, noutros contextos, a distância recomendada é de um metro e meio ou de dois metros.

Os diretores escolares e os sindicatos de professores não estão satisfeitos com esta medida, uma vez que, tal como a recomendação está escrita, até podem ficar dois alunos na mesma carteira.

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