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Incêndio

Câmara de Santo Tirso diz que sobreviveram 110 cães, associações já os começaram a receber

19 jul, 2020 - 21:47 • Lusa

No incêndio, que se iniciou em Valongo e chegou à freguesia tirsense de Agrela, morreram 52 cães e dois gatos, de acordo com números da autarquia.

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A Câmara Municipal de Santo Tirso esclareceu este domingo que contabilizou 110 cães com vida no abrigo de animais atingido pelo incêndio na Serra da Agrela, lamentando a morte de 54 animais.

Num novo comunicado, o município presidido pelo socialista Alberto Costa esclarece que, “quando o incêndio foi dado por dominado, já de madrugada, e na sequência do período de rescaldo, foi possível contabilizar com vida 110 cães que se encontravam no abrigo de animais”, e não retirados como referido anteriormente.

Segundo a autarquia, morreram 52 cães e dois gatos.

O município afirma que tem em curso “um plano para a retirada dos animais daquele espaço, de forma a garantir todas as condições de tratamento e bem-estar animal”, confirmando que, até ao momento, foram realojados 13 animais no Canil/Gatil Municipal de Santo Tirso.

“Dado o número elevado de animais em causa, foram estabelecidos contactos com a Direção-Geral de Veterinária e com outros Municípios, no sentido de arranjar alternativa ao abrigo para os restantes animais”, acrescenta.

A Câmara de Santo Tirso afirma que apenas pôde executar o plano de retirada durante o dia de hoje, “porque não estavam, de acordo com as autoridades de proteção civil, reunidas as condições de segurança para o realojamento dos animais durante a madrugada de sábado”.

Animais resgatados na serra da Agrela estão a ser repartidos por associações

Os animais resgatados dos dois canis atingidos sábado pelo incêndio na serra da Agrela, no concelho de Santo Tirso (Porto), estão a ser distribuídos por associações de proteção de animais e a ser encaminhados para clínicas, disseram testemunhas.

Sónia Cunha, uma das pessoas que se dirigiu hoje ao local para ajudar a resgatar os animais, disse que foi montado um hospital de campanha no local, para a prestação dos primeiros cuidados aos animais, e que estes estão a ser distribuídos entre associações de proteção dos animais e, os que estão em estado mais grave, enviados para clínicas veterinárias.

Sónia Cunha afirmou que, além do “Cantinho 4 patas”, onde, segundo a Câmara de Santo Tirso, morreram 54 animais, há um segundo canil, menos atingido, mas de onde os populares estão igualmente a retirar os animais.

A fonte adiantou que os proprietários do "Cantinho das 4 patas", um casal e a filha, tiveram de ser retirados pela GNR, devido aos insultos e ameaças de agressão proferidas pelas dezenas de pessoas que acorreram ao local e que não esconderam a indignação perante o cenário que encontraram.

“Só hoje, depois de extinto o incêndio, as autoridades deixaram as pessoas passar”, disse, adiantando que, assim que se soube que o fogo lavrava na zona onde se situavam os canis foram muitos os que tentaram chegar ao local, de difícil acesso, mas foram barrados pela GNR.

Uma outra testemunha disse ter encontrado um “cenário dantesco”, que “podia ter sido evitado”, se se tivessem retirado os animais a tempo.

Tendo recolhido elementos que vai entregar segunda-feira junto do Ministério Público, esta testemunha, que prefere não se identificar, afirmou que, embora se trate de propriedade privada, nestas situações prevalece o direito dos animais à vida, tanto mais que a legislação assegura hoje que não sejam mais tratados “como coisas”.

Na sua página no Facebook, a Intervenção e Resgate Animal (IRA) afirma estar no local “a prestar auxílio médico-veterinário a animais feridos pelas chamas e inalação de fumos”, juntamente com a Associação Portuguesa de Busca e Salvamento, que está presente com cinco operacionais, incluindo uma enfermeira veterinária.

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