22 jul, 2020 - 08:42 • Olímpia Mairos
A Associação Famílias, com sede em Braga, afirma que a “atual situação pandémica”, no que se refere aos avós, veio “realçar alguns aspetos” que “merecem de todos e dos decisores políticos, económicos, culturais e espirituais uma séria reflexão”.
Em nota publicada para assinalar o Dia Nacional dos Avós que se celebra no dia 26 de julho, a associação lembra que “os avós, muitos, têm tido um papel fulcral no apoio às famílias com crianças e jovens, acolhendo-os, alimentando-os, entretendo-os e mantendo-os afastados de possível contágio”.
“Quantos riscos correm estes avós por esta generosidade familiar?”, questiona a associação, para sublinhar que “muitos têm tido um papel decisivo e muito importante no apoio a pais que, por várias razões, têm de continuar a trabalhar e com os centros educativos encerrados ou com limitações e riscos”.
“Infelizmente, nesta cultura do descarte, muitos avós, sobretudo os mais velhos e doentes, têm sido mantidos isolados, malgrado muitos ainda manterem contacto virtual com os seus familiares, mas carentes do afeto vivo e demonstrado com a presença”, denuncia a associação.
“Outros avós, internados em lares, por razões de segurança sanitária”, sublinha a associação, “estão isolados e sofrem a dor da solidão”.
Por isso, a Associação Famílias considera que o dia dedicado aos avós deveria “ser entendido e vivido como um convite e uma convocatória gritada à sociedade que os avós são as raízes do futuro”.
“E, como raízes, não podem nem devem ser cortados e deixados nas margens da sociedade e da sua família, a bem da saúde desta sociedade e da sua família, que tantas vezes corta essas raízes da vida”, defende a associação.
A Associação Família termina a nota manifestando o desejo de que “se aproveite o Dia Nacional dos Avós para exigir um maior respeito, atenção e carinho por eles, se são vivos, e recordados com amor, se já partiram”.
O Dia Nacional dos Avós foi instituído pela Assembleia da República, em julho de 2003.