26 jul, 2020 - 12:13 • Marta Grosso
O ministro da Administração Interna admite – “é necessário dizê-lo com realismo” – que o incêndio que começou em Oleiros e já se propagou a Proença-a-Nova e à Sertã, dure até terça ou quarta-feira da próxima semana.
Numa conferência de imprensa em Carnaxide, sede da Proteção Civil, Eduardo Cabrita lembra que as condições climatéricas não estão a ajudar no combate às chamas: “temperaturas que poderão ir aos 43 graus, ventos superiores a 65 km/h e níveis de humidade muito baixos”.
“Estamos a colocar todos os esforços na contenção do incêndio e na proteção das populações, fazendo o combate de trás para a frente e nos flancos onde o combate é viável”, afirmou ainda aos jornalistas.
A vida humana é a prioridade, sublinhou Eduardo Cabrita.
O ministro criticou ainda as atividades “absolutamente evitáveis” que têm dado origem a incêndios nas últimas semanas, entre eles o churrasco que originou o fogo em Vale de Cambra.
“Por isso, determinámos que serão proibidos todos os trabalhos em espaço rural até às 24h da próxima terça-feira”, anunciou.
Sobre a situação do incêndio no distrito de Castelo Branco (Oleiros, Proença-a-Nova e Sertã) será feito um novo ponto de situação “por volta das 19h00”.
Para já, “estão mobilizados todos os recursos necessários”, que se consideram “adequados a um incêndio de grande complexidade”, disse o ministro.
“Estão, neste momento [12h00], no terreno mais de sete centenas de operacionais, 14 meios aéreos e oito máquinas de rasto já em operação”, avançou ainda.
Segundo Eduardo Cabrita, o Governo está desde sábado “em contacto muito próximo” com os presidentes das Câmaras Municipais de Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, havendo “uma plena conjugação na resposta, quer operacional, quer no apoio às populações”.
O ministro lamentou ainda a morte do bombeiro, na noite passada, vítima de um acidente de viação quando ia a caminho do combate ao fogo.