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Bares dos comboios Alfa e Intercidades reabrem na quinta-feira

10 ago, 2020 - 15:27 • Lusa

As empresas Risto Rail e CP Comboios de Portugal, S. A. "comprometeram-se a reabrir os bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades na próxima quinta-feira, com a garantia de trabalho para todos os trabalhadores e o pagamento dos salários a 100%”, avança a federação sincial FESAHT.

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Os bares dos comboios Alfa e Intercidades reabrem na quinta-feira, depois de uma reunião hoje que contou com a presença da CP e da Risto Rail, do grupo LSG/Lufhansa, que presta este serviço, de acordo com o sindicato.

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) indicou que “na reunião realizada hoje no Ministério do Trabalho, as empresas Risto Rail, Ld.ª e CP Comboios de Portugal, S. A., comprometeram-se a reabrir os bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades na próxima quinta-feira, com a garantia de trabalho para todos os trabalhadores e o pagamento dos salários a 100%”.

A Fesaht recordou ainda que hoje “realizam-se plenários de trabalhadores nas estações de Porto/Campanhã e Lisboa/Santa Apolónia para dar a conhecer alguns pormenores do acordo”.

Em 6 de agosto, a organização disse que a CP estava disposta a aceitar a "retoma imediata do serviço a 100%" nos bares dos comboios de longo curso, permitindo que os 120 trabalhadores a Risto Rail voltassem ao trabalho.

"A CP informou-nos de uma proposta para retomar o serviço a 100%, o que para nós é uma novidade", indicou Francisco Figueiredo, dirigente da Fesaht, à Lusa nesse dia, depois de um plenário, junto à sede da operadora.

O responsável referiu que a operadora "agora até admite o reforço dos trabalhadores nos comboios, para melhorar higiene, limpeza e proteção", alertando, no entanto, que ainda "há propostas e contrapropostas e divergência de informações" e anunciando que estava marcada uma reunião na segunda-feira [hoje] no Ministério do Trabalho, para ajudar a resolver esta questão.

No dia 15 de julho, Francisco Figueiredo deu conta de uma reunião ocorrida entre os sindicatos e a Risto Rail, concessionária do serviço de bares e restaurantes nos comboios da CP, em que a empresa disse que não colocaria em Portugal "nem mais um cêntimo".

Em causa está a suspensão do serviço, devido à covid-19, que levou a que a CP deixasse, de acordo com o dirigente sindical, de pagar uma mensalidade de perto de 120 mil euros à empresa.

"Como medida de prevenção de contactos e garantia de cumprimento das medidas de distanciamento social, decorrentes da pandemia por covid-19, a CP viu-se forçada a suspender a prestação dos serviços a bordo dos comboios de Longo Curso, Alfa Pendular e Intercidades, desde o passado dia 19 de março de 2020", disse, por sua vez, a CP, em resposta escrita à Lusa.

De acordo com a mesma fonte oficial, em junho a operadora "encetou negociações com o prestador de serviços [Risto Rail] com vista à retoma do serviço de bar, nos referidos comboios, alinhado com o cenário de pandemia que se vive e com os constrangimentos daí resultantes".

A porta-voz do grupo LSG, a marca de 'catering' da Lufthansa, que detém a Risto Rail recordou que esta empresa "não tem estado a prestar serviços a bordo dos comboios da CP desde 19 de março" o que levou à decisão de "colocar os 120 trabalhadores em 'lay-off'".

O grupo LSG realçou que a decisão de suspender o serviço foi da CP, devido à pandemia de covid-19 e que, depois das primeiras medidas de desconfinamento, "a Risto Rail contactou a operadora imediatamente para retomar as atividades nos termos contratuais. Apesar de várias propostas da Risto Rail e de reuniões com a DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho], nenhum acordo foi atingido", de acordo com a mesma fonte.

"A nossa última proposta foi clara", referiu a mesma fonte, salientando que a empresa "está pronta para uma retoma parcial do serviço de bares até 30 de novembro (como pedido pela CP) se a operadora estiver preparada para um regresso total da atividade em dezembro, para que todos os trabalhadores possam então voltar ao trabalho”.

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