10 ago, 2020 - 07:23 • Marta Grosso com redação e Lusa
Continua por dominar o incêndio que lavra, desde sábado, entre Portugal e Espanha no Parque Nacional da Peneda Gerês. Do lado de cá da fronteira, os bombeiros tentam extinguir pequenos focos de incêndio.
Um trabalho dificultado pela orografia do terreno, como explica o comandante operacional da Autoridade Nacional da Proteção Civil. “São pequenos focos ao longo de uma linha de três quilómetros, mas numa zona de extrema inclinação, muitas fragas e precipícios, onde é muito difícil chegar. Porque todos os trabalhos feitos pelos maios aéreos têm de ser complementados com as equipas no terreno, senão fogo -mais hora, menos hora – é reativado”, explicou à Renascença Paulo Santos.
O mesmo responsável adiantou também que “grande parte litoral do território está sob nevoeiros matinais” e que estas neblinas, aliadas ao fumo do próprio incêndio que se acumula nos vales, tem impedido o uso de meios aéreos esta manhã.
Um avião Canadair caiu, no sábado, enquanto comba(...)
Segundo a página da Proteção Civil, no combate às chamas estão, nesta manhã de segunda-feira, mais de uma centena de operacionais, apoiados por 33 meios terrestres.
O secretário de Estado da Conservação da Natureza revelou no domingo que o incêndio no Parque Nacional Peneda-Gerês já tinha consumido cerca de 200 hectares, mas que os principais esforços de proteção se centram na Mata do Cabril. Do lado espanhol, dados da Junta da Galiza apontam para 400 hectares ardidos.
Foi no combate às chamas em Lindoso que, no sábado, um piloto português morreu e um piloto espanhol ficou gravemente ferido quando o avião Canadair português em que seguiam se despenhou em território espanhol, a cerca de dois quilómetros da fronteira.
O copiloto do avião Canadair está "estável e fora de perigo", revelou fonte do hospital de Braga.
[notícia atualizada às 9h00]