14 ago, 2020 - 00:13 • Redação
Onze migrantes de nacionalidade marroquina foram detidos esta quinta-feira, depois de terem protagonizado um motim que causou estragos avultados no Centro de Instalação Temporária (CIT) existente no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. A informação foi avançada pelo Jornal de Notícias e confirmada à RTP pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Segundo o jornal, os tumultos aconteceram depois de o grupo ter sido notificado da decisão judicial que os obriga a permanecer mais 30 dias naquelas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Os desacatos terão obrigado à intervenção do Corpo de Intervenção da Unidade Especial de Polícia.
Contactada pela Renascença, a PSP não adianta mais informações, remetendo qualquer esclarecimento para o SEF que, citado pela agência Lusa na sexta-feira de manhã, indica que a decisão de permanecerem ali mais 30 dias foi tomada pelo Tribunal de Loulé, “enquanto se aguarda autorização das autoridades marroquinas para execução do seu afastamento, atentos os constrangimentos vigentes face ao contexto de combate à pandemia de Covid-19”.
“Recorda-se que três cidadãos deste grupo já se haviam evadido daquele espaço no passado dia 3 de julho, tendo sido localizados no próprio dia e ali reinstalados”, acrescentou o SEF, sublinhando que está “a acompanhar a situação, em conjunto com a Polícia de Segurança Pública”.
Os migrantes fazem parte do grupo intercetado no dia 15 de junho pela Polícia Marítima numa praia de Loulé, no Algarve. São oriundos do Norte de África e foram intercetados quando se preparavam para desembarcar na Praia de Vale do Lobo.
Na altura, os 22 ocupantes da embarcação disseram às autoridades portuguesas ser marroquinos e explicaram que tinham partido da cidade de El-Jadida, em Marrocos.
[Notícia atualizada às 11h00 de sexta-feira, dia 14 de Agosto]