02 set, 2020 - 18:53 • Lusa
A ministra da Saúde considerou esta quarta-feira que a aprovação do curso de Medicina na Universidade Católica Portuguesa vai dar a muitos portugueses, que de outra forma estudariam no estrangeiro, a oportunidade de se formarem no país.
"Sabemos que há muitos portugueses que procuravam, tradicionalmente, a formação superior nesta área em outros países. Esta oferta formativa será uma oportunidade para eles terem a sua formação cá dentro e, eventualmente, ficarem também no país", disse Marta Temido, durante a conferência de imprensa regular sobre a situação epidemiológica em Portugal.
Na terça-feira, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) informou a Universidade Católica que tinha acreditado aquele que será o primeiro curso de Medicina ministrado em Portugal por uma instituição privada.
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Questionada sobre a decisão, a ministra da Saúde disse que se tratava de um tema da área do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, mas adiantou que o novo curso será uma boa oportunidade para os estudantes e até para o país, que poderá contar com mais médicos.
Portugal, explicou, tem uma densidade de médicos por habitante "confortável", mas regista assimetrias entre regiões e entre o setor público e privado, que o reforço da formação poderá ajudar a corrigir.
"Além do mais, a A3ES garante a qualidade dos cursos e, portanto, será sempre essa a garantia que temos enquanto Estado", acrescentou.
O curso de Medicina da Católica deverá começar a funcionar em setembro do próximo ano com cerca de meia centena de alunos, segundo a reitora da instituição, Isabel Capeloa Gil.
A Católica apresentou um pedido inicial de acreditação em outubro de 2018 que foi "chumbado" pela A3ES em dezembro do ano passado. A instituição apresentou novo pedido que foi agora autorizado.
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O novo curso conta com uma parceria com a Universidade de Maastricht e o Grupo Luz Saúde e "distingue-se dos currículos tradicionais por ter uma abordagem mais prática e integrada desde os primeiros anos", segundo uma explicação do gabinete de imprensa da UCP.
A decisão da A3ES surge poucos meses depois de o Ministério da Ciência e do Ensino Superior permitir às universidades públicas que aumentassem o número de vagas para a formação de médicos. No entanto, tal não aconteceu.
Na altura, o ministro, que ainda não comentou a acreditação do novo curso, considerou que essa decisão das universidades tornava clara a necessidade disponibilizar o ensino de Medicina noutras instituições, públicas ou privadas.
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