10 set, 2020 - 11:01 • Redação
Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) está a trabalhar no desenvolvimento de uma “ferramenta de rastreio precoce, rápido e eficiente” para detetar o vírus SARS-CoV-2 (Covid-19) em pacientes sintomáticos.
Os investigadores acreditam que o sistema venha a facilitar “a descentralização do rastreio, assim como a posterior centralização de dados de monitorização epidemiológica da infeção nas unidades de saúde competentes e autorizadas”, pode ler-se numa nota da instituição aveirense.
É esperado que o sistema SENSECOR apoie “a tomada de decisão clínica rápida, minimizando o recurso a testes de diagnóstico moleculares dispendiosos, a sobrecarga de recursos humanos especializados e de profissionais da saúde, o que contribuirá para a contenção do contágio e mitigação do alastramento da pandemia”.
A ideia partiu da coordenadora do projeto, Catarina R. Marques, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e Departamento de Biologia da UA, “movida pela vontade de contribuir para colmatar lacunas inerentes ao rastreio célere da presença do vírus e transpondo, para esse efeito, a investigação que tem vindo a desenvolver no âmbito de outros projetos que coordena, juntamente com a aplicação de conhecimentos multidisciplinares”.
O projeto, que conta peritos de diferentes áreas científico-tecnológicas, propõe-se “a desenvolver um sistema integrado composto por vários módulos: um elemento sensorial imunológico para deteção do vírus, uma aplicação móvel para smartphone, uma unidade de condicionamento de sinal e uma de comunicação de dados. Desta forma, o cidadão comum poderá utilizar o sistema e tomar conhecimento do resultado do rastreio que, em simultâneo, pode ser comunicado às instituições de saúde”.
De acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal registou nas últimas 24 horas mais três mortes relacionadas com a covid-19 e 646 novos casos de infeção pelo novo coronavírus.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 898.503 mortos e infetou mais de 27,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.