15 set, 2020 - 18:46 • Fábio Monteiro
Desembarcaram esta terça-feira na Ilha Deserta, em Faro, pelo menos 28 migrantes vindos de Marrocos. Trata-se do sexto grupo a chegar ao Algarve desde dezembro. O Governo, contudo, continua a desvalorizar este fenómeno.
Em declarações à Renascença, numa primeira reação, Cláudia Pereira, secretária de Estado para a Integração e as Migrações, diz que “ainda é precipitado falar em rota, principalmente se compararmos [números] com Espanha e outros países onde têm chegado”.
De acordo com a governante, as autoridades portuguesas estão já em conversação com as homónimas marroquinas. “Queremos imigrantes em Portugal, entre os quais marroquinos e outros, mas que entrem de forma segura, ordeira e que estejam legais. Portanto, nesse sentido, o ministério dos Negócios Estrangeiros já está em contacto para que possam ser feitas a imigração de uma forma segura”, afirma.
Neste momento, adianta Cláudia Pereira, “a prioridade no acolhimento destes migrantes, como qualquer outro cidadão que entre em Portugal, é fazer os testes à covid-19, por uma questão de saúde pública e assegurar que são negativos.” Todos são encaminhados para SEF. Aí, os migrantes poderão – se quiserem e tiverem provas – requerer asilo.
Entre os 28 migrantes intercetados esta tarde, contam-se três mulheres, uma delas grávida, e um menor que afirma ter 15 anos, adiantou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) à Renascença. A diretora-nacional do SEF, Cristina Gatões, está já a caminho do Algarve.
Grupo inclui três mulheres e uma criança. Autorida(...)