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Portugal já é uma nova rota de imigração ilegal, defende sindicato do SEF

15 set, 2020 - 17:14 • Pedro Mesquita com redação

"Estamos perante uma rota ou um 'modus operandi' definido, cujo objetivo é entrar em território nacional e da União Europeia”, defende sindicalista.

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O presidente do sindicato do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) reafirma que o desembarque de migrantes, esta tarde, na Ilha Deserta, em Faro, é mais uma prova de que Portugal já é uma nova rota da imigração ilegal.

“Quando uma variável se repete com esta frequência, não há outra forma de o dizer. Estamos perante uma rota ou um 'modus operandi' definido, cujo objetivo é entrar em território nacional e da União Europeia”, considera o presidente do sindicato, Acácio Pereira, em declarações à Renascença.

O sindicalista lamenta o que diz ser a vulnerabilidade da costa portuguesa.

“Temos uma costa completamente vulnerável, à mercê de quem pretende entrar e as pessoas não são detetadas, julgo que estes terão sido detetados por um nadador-salvador. A vigilância da costa não funciona, temos de assumir essa responsabilidade”, afirma Acácio Pereira.

“É uma situação de vergonha do Estado português perante os parceiros da União Europeia, que sabendo que a costa é simultaneamente nacional e da UE, não a tem devidamente vigiada”, acusa o sindicalista.

Acácio Pereira responde assim às declarações feitas em julho pela diretora nacional do SEF, que afirmou que era “prematuro” falar da existência de uma rota de imigração ilegal.

Este é o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.

Recorde-se que em julho, um grupo de 21 homens desembarcou na Ilha do Farol, também no concelho de Faro.

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