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Ilha Deserta

28 migrantes que desembarcaram em Faro vão ser ouvidos em tribunal

17 set, 2020 - 08:16 • Sofia Freitas Moreira com Redação

Os migrantes permanecem na Base de Apoio Logístico da Proteção Civil, em Quarteira, até serem ouvidos e serem aplicadas as medidas cautelares. A audição será feita por videoconferência.

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Vão ser ouvidos em tribunal, esta quinta-feira, os 28 migrantes que, na última terça-feira, desembarcaram de forma ilegal na ilha Deserta, em Faro.

A audição será feita por videoconferência. Os migrantes permanecem na Base de Apoio Logístico da Proteção Civil, em Quarteira, até serem ouvidos e serem aplicadas as medidas cautelares.

Dois dos 28 migrantes estão em isolamento, depois de terem testado positivo à Covid-19.

A diretora nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras diz que estão a ser seguidas todas as indicações da DGS para estes casos.

“Dois deram positivo o que implica que sejam cumpridas as determinações da autoridade de saúde”, explica Cristina Gatões.

O SEF confirmou à Renascença que entre os 28 migrantes intercetados contam-se três mulheres, uma delas grávida. Há ainda um menor que afirma ter 15 anos.

O grupo terá partido de Marrocos e terá tentado fugir após a chegada numa embarcação ao areal da Praia Deserta, um momento que foi testemunhado pela proprietária de um restaurante daquela zona.

"Era um barco com 9, 10 metros, cheio de imigrantes. Eles tentaram desembarcar aqui na concessão mas foram impedidos pelos nadadores-salvadores. Então foram desembarcar mais à frente. Mas estavam aqui mesmo junto ao restaurante", conta Isabel Vicente à Renascença.

Isabel foi uma das pessoas que comunicaram o incidente às autoridades via 112.

"Nós chamamos a polícia. Eles desembarcaram e depois fugiram, esconderam-se nas dunas", conta.

Isabel diz ter visto dois grupos intercetados pela polícia - o primeiro com 25 a 30 pessoas. "O outro grupo foi agora apanhado", garante.

A ilha, que fica a cerca de 20 minutos de barco de Faro, não possui habitantes e apenas tem um restaurante - o de Isabel Vicente - e um apoio de praia.

Logo depois de terem sido intercetados, os migrantes foram levados, ao final do dia de terça-feira, para a Base de Apoio Logístico da Proteção Civil em Quarteira, onde foram submetidos a testes.

Este é o sexto desembarque de migrantes no Algarve desde o início do ano. Nos últimos meses, foram intercetados na região 69 migrantes provenientes do norte de África.

O último caso ocorreu em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na Ilha do Farol, também no concelho de Faro.

A diretora nacional do SEF afirmou, na altura, que é “inegável” a sucessão de desembarques de migrantes marroquinos na costa algarvia, mas considerou “prematuro” falar da existência de uma rota de imigração ilegal.

Faro. Grupo de 21 migrantes intercetado na praia da Ilha do Farol
Faro. Grupo de 21 migrantes intercetado na praia da Ilha do Farol
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  • Ivo Pestana
    17 set, 2020 Funchal 17:39
    Então a nossa Força Aérea, não os leva de volta porquê? Para levar políticos ok, agora clandestinos não?
  • Observador
    17 set, 2020 Portugal 12:40
    Ora, o Tribunal, o Tribunal... Eles deitaram fora ou esconderam os docs de identidade, Marrocos não os reconhece ou retarda o reconhecimento de cidadania, entretanto acaba o prazo de detenção, soltam-nos com "a obrigação de se apresentarem quando chamados" e logicamente, nunca mais os vêem e cá andam eles à solta a fazer sabe-se lá o quê. Que tal quando os apanharem fazerem o mesmo que eles mas de sentido inverso? Atá-los bem atadinhos, enfiá-los no barco onde vieram, rebocá-los até ao limite das águas Marroquinas, nessa altura desatá-los e depois a marinha Marroquina que os recolha. Não acham boa ideia?

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